Geraldo Bubniak – Leonardo de Oliveira

A reunião do Conselho Deliberativo do Paraná Clube, na noite da última terça-feira (26), na sede social da Kennedy, acabou em confusão e em pedido de renúncia. O encontro tinha como principal tema o terreno de 28 mil metros quadrados onde fica a sede social, na Avenida Kennedy, em Curitiba.

Um dos conselheiros, Marcio Silvestre, que também é presidente da torcida organizada Fúria Independente, entregou um abaixo-assinado com 52 assinaturas pedindo a saída de toda a mesa diretiva do Conselho Deliberativo. Ou seja, eles exigem a saída do quarteto formado por Luiz Carlos Casagrande, o Casinha (presidente), Délcio Adolfo Fiedler (1º vice), Alessandro Kishino (1º Secretário) e Humberto Osvaldo Schwartz (2º Secretário). O órgão é formado por 150 conselheiros.

Após a apresentação do pedido, houve confusão, com integrantes da Fúria Independente batendo boca com dirigentes.

O presidente do Paraná Clube, Leonardo Oliveira, se levantou da mesa e deixou o local. Em seguida, os torcedores foram cobrar a saída de Casinha. O clima ficou tenso e toda a diretoria se retirou cercada por seguranças. A reunião foi encerrada antes de debater outros temas previstos na pauta.

Para sábado, está marcada uma reunião entre a diretoria e sócios do Paraná, limitada a mil pessoas. É preciso se cadastrar online. 

TERRENO
O departamento jurídico do Paraná Clube explicou que o terreno da Kennedy, por ter sido doado pela Prefeitura de Curitiba, não pode ser vendido e nem leiloado. A torcida organizada divulgou nota oficial pedindo a venda do imóvel para pagar dívidas.

O Paraná tem uma dívida aproximada de R$ 125 milhões. Em 2015, a sede da Kennedy chegou a ser colocada à venda, mesmo sem amparo legal. Na época, o clube pedia R$ 60 milhões pelo imóvel.

Outro problema que barra a venda é que os salões sociais da sede estão arrendados até 2032 para a empresa Espaço Torres. A multa para romper esse contrato é milionária – o valor específico não foi revelado.

SAÍDA
O presidente do Paraná, Leonardo de Oliveira, ameaça renunciar ao cargo, segundo publicou a Tribuna do Paraná. “Pressionado no cargo, o mandatário paranista está se sentindo isolado politicamente no clube e vem avaliando, nas últimas semanas, ‘abandonar o barco’. A Tribuna do Paraná apurou que existe a chance do dirigente renunciar depois do Paratiba ou até mesmo antes da partida válida pela última rodada da Taça Dirceu Krüger. A situação, que era analisada por ele, se agravou com o tumulto da última noite”, diz o jornal.