Reprodução/Instagram.com/redbullracing – Ricciardo comemora vitu00f3ria na F1

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Seis provas. Duas vitórias da Mercedes, duas da Ferrari e agora duas da Red Bull. Na manhã deste domingo (27), o piloto australiano Daniel Ricciardo dominou de ponta a ponta, superou problemas de perda de potência do motor e saiu vencedor do GP de Mônaco de F1. Sebastian Vettel terminou com a segunda colocação, enquanto Lewis Hamilton fechou o pódio na terceira posição.

A vitória ratificou o domínio da escuderia austríaca nas ruas do Principado. A Red Bull fez os melhores tempos nos três treinos livres e ainda a pole com Ricciardo. Mesmo sem participar da definição do grid de largada, Max Verstappen, companheiro do australiano, comprovou como a equipe possuía o acerto ideal: saiu de 20º para a nona colocação no estreito circuito.

O segundo triunfo na temporada -sétimo na carreira- coloca Ricciardo definitivamente na briga pelo título após seis etapas. O australiano subiu para o terceiro lugar (72 pontos) e se aproximou de Sebastian Vettel, da Ferrari. A liderança segue com Lewis Hamilton, que fez corrida discreta neste domingo.

A F1, agora com três pilotos próximos na disputa pelo campeonato, retorna à ação somente no dia 10 de junho, data do Grande Prêmio do Canadá.

LARGADA

Depois de dominar as quatro sessões de treinos no Principado, a Red Bull iniciou a corrida da melhor maneira possível. Ricciardo largou bem, segurou Vettel nas primeiras curvas e ainda abriu uma vantagem confortável logo na volta de abertura da etapa. A diferença em relação ao alemão chegou aos 2s com poucos minutos de Grande Prêmio.

A chuva ameaçou mudar o panorama da disputa, mas o volume de água não atrapalhou a estratégia traçada pelas escuderias. Desta forma, a briga pela ponta se polarizou entre Ricciardo e Vettel, que pouco ameaçou na pista e aguardava a primeira parada nos boxes para buscar a primeira colocação. Não deu certo.

Enquanto Ricciardo sustentava a ponta, Max Verstappen realizava uma corrida de recuperação. Ao largar em último por não participar do treino de classificação, o holandês saiu na última posição e precisou enfrentar a estreita pista de Mônaco para subir para o bloco da frente. Os limites não foram um problema para o jovem piloto de 20 anos.

Pouco depois da metade da prova, Verstappen já figurava na nona colocação, quando um problema ameaçou a espetacular reação do piloto. O holandês começou a perder desempenho pelo desgaste de pneus, o que obrigou a Red Bull a realizar uma nova parada nos boxes.

Mesmo com a interrupção, Verstappen retornou com o ritmo ainda melhor, baixou a melhor volta da prova para a casa dos 1min14 e assumiu novamente a nona colocação.

MOTOR

Ricciardo se viu ameaçado por problemas no próprio carro. Por volta da metade para o fim da prova, o australiano reclamou ao perder ritmo de corrida; a Red Bull diagnosticou que o carro do pole position sofria com perda de potência no motor. O número 3 agora dependia do “próprio braço” para segurar as investidas da Ferrari de Vettel.

O alemão conseguiu diminuir para menos de 1s a diferença quando restavam menos de 15 voltas. No entanto, Ricciardo sustentou a pressão com uma pilotagem segura, abriu ainda mais conforto na reta final e conquistou a segunda vitória na temporada 2018 da F1, a sétima na carreira.

Não seria um GP de Mônaco sem abandonos. Na 54ª volta, Fernando Alonso simplesmente viu sua McLaren parar por problemas no motor. O espanhol figurava na zona de pontuação e precisou deixar a corrida em Monte Carlo próximo do fim. Foi o primeiro abandono do bicampeão em 2018.

A corrida morna ameaçou esquentar quando restavam apenas oito voltas para o fim. A Sauber de Charles Leclerc teve problemas no freio, e o piloto da casa bateu forte na traseira do neozelandês Brendon Hartley, da Toro Rosso. Ambos deixaram a prova após a colisão.