DANIELA KRESCH

TEL AVIV, ISRAEL (FOLHAPRESS) – Crianças emocionadas e pais ainda mais entusiasmados. Assim foi recebido o ex-jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho, 38, no campo do time de futebol israelense Betar Nordia, em Jerusalém, no dia 26 de abril. Todos queriam ver o astro de perto.

O ex-jogador, que anunciou sua aposentadoria em janeiro, abrirá em julho a Academia de Futebol Ronaldinho em Israel. A escolinha começará em Jerusalém com uma série de colônias de férias durante julho e agosto, o recesso escolar de verão no país.

A programação incluirá treinos, passeios e encontros com jogadores locais. Em setembro, serão criadas turmas com alunos dos 6 aos 16 anos. Formar uma nova geração de jogadores é um sonho antigo, segundo Ronaldinho Gaúcho.

“Muito antes de acabar a minha carreira, eu já tinha isso bem claro”, disse ele em Jerusalém. “Tomo isso como uma forma de devolver o que o futebol me deu. Dar chance a outros que também sonham em ser jogador de futebol. Estou feliz da vida de poder ter a minha escolinha aqui”.

Ronaldinho já abriu escolinhas com seu nome em sete países, segundo o site oficial da Ronaldinho Soccer Academy (RSA): Dubai, Arábia Saudita, Egito, Coreia do Sul, Índia, Azerbaijão e EUA. Agora busca parcerias em outros países, inclusive sul-americanos.

O objetivo em Israel é contar com 250 a 300 pupilos só no primeiro ano e dobrar esse número até 2020. Ronaldinho se comprometeu a retornar ao país regularmente para acompanhar o avanço.

“Espero voltar antes dos frutos, eu quero participar do início”, afirmou Ronaldinho. “Vejo que as pessoas amam muito o futebol. Artistas, jovens e crianças, todos juntos, amando o que eu amo e amei a minha vida inteira. Isso é o que mais me dá vontade de fazer, a minha escolinha de futebol”.

Em Israel, a ideia é ter filiais em várias cidades além de Jerusalém. O modelo prevê trabalho conjunto com escolas e participação de equipe de psicólogos, treinadores, coordenadores técnicos e olheiros. No programa, cidades judaicas, árabes e mistas.

“Israel recebe muitos imigrantes e o futebol é um grande agregador”, afirma o advogado carioca Mauro Rozenszajn, 36, CEO da empresa gestora da marca Ronaldinho Soccer Academy em Israel.