O Ministério Público estadual confirmou ontem que entrou com duas ações contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), por meio da Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público da Capital, em razão da contratação de funcionários “fantasmas” entre 1992 e 2010, e pela cumulação irregular de servidores em seu gabinete. Uma terceira ação foi ajuizada também pela contratação de dois funcionários “fantasmas” para atuação no gabinete do então deputado de 2003 a 2010.
Em uma das ações, o MP pediu a condenação do ex-deputado e dos dois servidores que cumularam funções irregularmente. As ações pedem ainda, liminarmente, o bloqueio de bens dos réus no valor de R$ 1.655.183,12.
Já nas ações relacionadas aos funcionários fantasmas, o Ministério Público aponta que, com auxílio de uma servidora, o então deputado teria nomeado para cargos comissionados no seu gabinete pessoas que sequer sabiam que haviam sido nomeadas, familiares da servidora que não exerciam efetivamente o cargo e outras pessoas que não prestavam serviço ao Legislativo. Foram identificados ao menos 12 servidores nessa situação, de acordo com a promotoria. O objetivo seria desviar os sala´rios desses funcionários. Também nessa ação, o MP pede a condenação às mesmas sanções, e o bloqueio de bens dos réus no valor de R$ 119.216.330,00.
Em outra ação sobre funcionários “fantasmas”, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens do ex-deputado e dois ex-servidores no valor de R$ 23.575.352,40.
Defesa – Em nota, a defesa do tucano negou as acusações, afirmando que o MP “falta com a verdade quando diz que foi Rossoni quem nomeou os supostos funcionários”.