A bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos, foi formalmente acusada pela Promotoria da Rússia, junto com outros 13 ativistas do Greenpeace, de crime de pirataria marítima.

Ana Paula foi detida em setembro após uma ação de protesto contra exploração de petróleo no Ártico. Outros 16 ativistas da organização também deverão ser denunciados, podendo pegar até 15 anos de prisão.

A embarcação Arctic Sunrise, interceptada pela guarda costeira russa no mar ao norte do país, carregava ativistas de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.

O diretor-executivo do Green Peace, Kumi Naidoo, afirma que a acusação de pirataria é ultrajante, representa um ataque ao direito fundamental de protesto pacífico e está sendo lançada contra homens e mulheres cujo único crime é a posse da consciência.

O Itamaraty está ajudando a brasileira e nesta terça-feira (1º) o embaixador do Brasil na Rússia, Fernando de Mello Barreto, assinou uma carta de garantia destinada aos advogados de defesa da brasileira Ana Paula Maciel, que garante ao governo russo que a acusada vai comparecer a todas as audiências solicitadas. Assim, a defesa ganha um argumento para pedir que a ativista responda ao processo em liberdade.