Reprodução/youtube – Samir Namur

O presidente do Coritiba, Samir Namur, afirmou que está lutando para que as eleições de dezembro sejam em chapa única. Devido à pandemia do coronavírus, o Campeonato Brasileiro só vai terminar em fevereiro de 2021 e uma disputa eleitoral no meio da competição pode trazer instabilidade. O dirigente também explicou o déficit de R$ 50 milhões apresentado no balanço contábil de 2019. As declarações foram em entrevista para o repórter Robson De Lazzari, da rádio Transamérica — clique aqui para assistir no Youtube.

ELEIÇÕES
“Na minha fala aos conselheiros abordei isso. Foi a primeira vez que falei sobre o assunto.
Se de fato é possível, firmo o compromisso de fazer o que tiver ao meu alcance para que isso aconteça, para que tenha uma união de todas correntes. Que o Coritiba não tenha que passar por uma eleição no início do segundo turno do Brasileirão. Não faço exigência de ser candidato, de estar em G5. Imagino uma composição que traga estabilidade política, paz para a próxima gestão”, declarou Samir Namur, que revelou estar em contato com lideranças de várias correntes dentro do clube.

DÉFICIT
“Esse déficit decorre objetivamente do fato que o clube teve um decréscimo de receita de R$ 56 milhões de direitos de transmissão de TV, de 2018 para 2019. Não é um déficit porque o Coritiba gastou demais, gastou excessivamente. Foi um perda grande de receita. O déficit causado pelo futebol foi de apenas R$ 12 milhões”, disse o presidente.

Apesar de fechar o balanço de 2019 no vermelho, o dirigente garantiu que o clube conseguiu manter as contas em dia em 2020 com a venda de quatro jogadores: Yan Couto, Luis Felipe Hungria, Vanderlei e Guilherme Parede. As quatro negociações renderam R$ 33 milhões ao clube, segundo Samir Namur. Yan Couto foi vendido para o Manchester City. Parede seguiu para o Talleres, da Argentina. O goleiro Vanderlei foi vendido pelo Santos para o Grêmio e o Coxa tinha 20% dos direitos do jogador. Luis Felipe Hungria, 19 anos, nunca atuou no profissional e foi vendido para o PSV, da Holanda.

“Entramos na pandemia sem atrasos nos pagamentos e sem nenhuma nova ação trabalhista”, disse Samir. “Minha gestão não deve nenhum centavo para técnico nenhum”, explicou.

“A maioria dos conselheiros entendeu que não caberia reprovar contas porque não há dolo, nenhum tipo de desvio”, argumentou.