Franklin de Freitas/Arquivo Bem Paraná

A Sanepar divulga a tabela do rodízio de abastecimento em Curitiba e Região Metropolitana até 21 de novembro. A combinação da economia por parte da população e as captações emergenciais de água permite que a companhia mantenha o abastecimento. Na quarta-feira (11), a crise hídrica chegou ao seu pior cenário, com 26,7% de reservação, o nível mais baixo da história de medição das barragens que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado da RMC.

Cálculos da Sanepar mostram que, sem essas medidas, o sistema entraria em colapso no dia 29 de novembro. Ou seja, a partir dessa data não haveria mais água disponível para o abastecimento público. A companhia agradece a colaboração da população e alerta para a necessidade de manutenção do uso racional da água.

Clique aqui para ver as tabelas do rodízio

Situação crítica

Depois de semanas sem chuvas significativas, Curitiba e região enfim registraram precipitação consistente. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em 24 horas choveu o equivalente a 62 mm em Curitiba. A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) passa pela pior estiagem das últimas décadas e, desde março, está no sistema de rodízio no abastecimento de água.

O volume de chuva de quarta-feira (11) não resolve a situação, mas pode dar um alívio ao sistema de armazenamento de água da região, que vinha definhando. Ontem, o volume associado das quatro barragens que servem a RMC atingiu seu menor nível histórico — apenas 26,77%.

Se — e quando — chegar a 25%, a Sanepar será obrigada a tomar medidas mais drásticas, com o rodízio no abastecimento, que hoje é de 36 horas com água e 36 horas com o fornecimento, subindo para 48 por 24.

Mas, se a água da chuva de ontem chegar aos reservatórios — Iraí, Pirquara I, Piraquara II e Passaúna — pode dar um alívio por mais um mês pelo menos. Segundo a Sanepar, a região precisa de no mínimo 100 mm de chuva por mês para garantir o abastecimento de água para a população.