Geraldo Bubniak

Uma derrota doída, é verdade, mas já esperada. Esse foi, em suma, o tom da entrevista coletiva do técnico Rogério Micale após a vitória do Palmeiras diante do Paraná por 3 a 0, na manhã deste domingo (29 de julho).

Faltou um pouquinho hoje, não fomos bem, mas também não posso tirar o mérito de quem está do outro lado. Hoje, na verdade, nós temos de nos render ao bom desempenho do Palmeiras”, disse o treinador paranista, comentando ainda que seu time não conseguiu atacar e perdeu praticamente todos os duelos no um contra um, jogador contra jogador.

E aí você pega um Palmeiras dentro da sua casa, motivado pela troca de treinador, muita qualidade, rápido… A gente tinha de ter um dia muito feliz para levar um ponto daqui. Não foi o que aconteceu”, complementou.

Questionado sobre a opção de substituir Alex Santana no intervalo, mantendo Caio Henrique em campo, o treinador partiu em defesa do jogador revelado pelo Santos. Na visão dele, o meio-campista tem sido massacrado pelo erro que cometeu na partida contra o Atlético-MG, quando praticamente entregou o segundo gol para Elias.

“Quem viu o jogo, hoje o Caio Henrique teve um comportamento bom, foi muito bem e o Alex Santana estava cometendo alguns erros. O Caio está sendo muito questionado, mas não podemos contextualizar pelo erro que ele cometeu contra o Atlético Mineiro. Se eu for tirar do time todo mundo que erra, nós vamos ficar até sem treinador, porque todos nós erramos”, disse o treinador.

Apesar da declaração forte, Micale garante que segue no comando do clube. “Se o problema do Paraná fosse treinador, resolveria rápido, fácil. Mas eu confio (na recuperação do time) e vou lutar até o final para tirar o Paraná dessa situação e manter (o clube) na Primeira Divisão.”

NECESSIDADE DE PONTUAR FORA DE CASA

Ainda segundo o treinador paranista, se quiser escapar do descenso o Paraná terá de começar a pontuar fora de casa. “Hoje, a maioria das equipes está ganhando em casa, como a gente. Em algum momento vamos ter de ter um dia especial, fazer um jogo melhor, e pontuar fora de casa. É isso que vai fazer a diferença (na luta contra o rebaixamento).”

Perguntado se a equipe teria condições de fugir do Z4 ganhando apenas contra times da parte de baixo da tabela, o treinador comentou que não pode “fazer a conta que os matemáticos fazem”. E ainda aproveitou para pedir o apoio da torcida no próximo domingo, na Vila Capanema, quando o Paraná enfrenta o Ceará.

Nossa conta é: quem está na nossa frente? Quantos pontos está na nossa frente? Hoje são três pontos e nossa briga vai ser assim até o final. É difícil, muito difícil, mas eu confio. Saio frustrado pela derrota, mas o fator mando (de campo) está fazendo muito a diferença. Então é aí que eu peço a ajuda do torcedor. Eu sei que é difícil neste momento, mas a gente precisa deles para fazer um bom resultado dentro de casa.”