Divulgação/ Agência Estadual de Notícias

O Ministério da Educação aprovou dois programas de Residência no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde. Uma Residência em Enfermagem Obstétrica no Hospital do Trabalhador (HT) e um Programa Multiprofissional em Saúde Mental.

A especialização para enfermagem, com cinco vagas, será a primeira no Brasil a oferecer formação conjunta com médicos obstetras, criando equipes que se completam.

O programa de Saúde Mental foi autorizado pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. As sete vagas se destinam a profissionais de enfermagem (2), psicologia (2), terapia ocupacional (1), farmácia (1) e serviço social (1). Esta residência será desenvolvida nas estruturas próprias da Secretaria da Saúde e do município de Pinhais, parceiro neste programa.

Os dois programas são cursos de pós-graduação na modalidade residência, de ensino em serviço. Terão duração de dois anos e carga horária de 60 horas semanais em atividades práticas, teóricas e teórico-práticas. O edital será divulgado na próxima semana, marcando o início das inscrições.

O diretor-geral do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Júnior, disse que a ideia é que o médico construa verdadeira parceria com a enfermagem e esta se sinta protegida pelo médico na divisão das responsabilidades. “Estamos criando uma residência humanizada, que divide e não esconde o conhecimento”, afirmou.

A residência em enfermagem vai contemplar atividades de assistência pré-natal na rede de atenção básica, planejamento reprodutivo, atenção ao abortamento, atividades de assistência ao parto, nascimento e ao puerpério, com base nos preceitos da humanização, segurança e adoção de boas práticas de assistência ao parto e nascimento.

“Todas as atividades do programa serão desenvolvidas de maneira a possibilitar a máxima integração das diferentes áreas profissionais e a vivência em ações de assistência, vigilância, prevenção e promoção da saúde com intervenções a indivíduos, família e coletividade”, explica Souza Júnior.

Segundo ele, os profissionais selecionados terão como ênfase a união e o esforço entre as residências médicas e de enfermagem na busca do equilíbrio assistencial no âmbito do ciclo gravídico-puerperal.

Para Ana Fonseca, da Escola de Saúde Pública, o programa de residência em Saúde Mental é uma ação estratégica da Secretaria estadual da Saúde para induzir a articulação dos diversos profissionais e serviços da rede de atenção básica à saúde para desenvolver competências para o trabalho em equipes interprofissionais de gestão municipal e estadual.

De acordo com ela, o programa favorece ainda a integração entre a comunidade, profissionais dos serviços e da educação formal que juntos problematizam as situações reais da atenção à saúde mental e sistematizam processos de cuidado com vistas a melhorar a qualidade de vida das pessoas.