A Polícia Militar cumpriu mandados de busca e apreensão ontem pela manhã na sede do Bitcoin Banco, no centro de Curitiba, na Rua Carlos de Carvalho, no Centro. Os mandados foram determinados pela 17ª Vara Cível da capital paranaense.
A decisão da Justiça foi tomada depois que clientes do banco reclamaram que não conseguem resgatar o dinheiro investido em moedas virtuais.
O processo foi aberto por dois clientes do GBB, Jaqueline Bresolin e Michele Borghetti Furlan, que estipularam o valor da causa em R$ 1.445.388,01. Mas há centenas de ações judiciais tramitando em vários impetradas por vítimas que não conseguem resgatar valores que aplicaram no Bitcoin Banco. Os prejuízos são calculados em mais de R$ 200 milhões.
Em uma das ações judiciais, aberta por um cliente que reclama de saques atrasados na plataforma, a justiça determinou o bloqueio de bens pessoais do chamado “rei do bitcoin”, Cláudio Oliveira, controlador do GBB, segundo reportagem do jornal O Valor Econômico.
Em nota, o GBB informa ter “estado à disposição de seus clientes e da Justiça desde o início da crise que afetou sua operação, e que foi denunciada à autoridade policial. No dia 24 de maio, a empresa informou a descoberta de uma ação criminosa pela qual, valendo-se de uma brecha na plataforma das exchanges do GBB, um grupo de clientes duplicou os saldos de suas contas e efetuou saques indevidos, de dinheiro que não existia, num golpe calculado em R$ 50 milhões. Desde então, um conjunto de ações foi adotado para superar os efeitos da fraude e regularizar o pagamento dos saques solicitados.”