Luiz Costa/SMCS

Sem visitação em razão do novo coronavírus, o Zoológico de Curitiba completa 38 anos neste sábado (28/3) sem festa, mas com muitos motivos para comemorar. Entre eles, os bons resultados dos seus programas de conservação da fauna e Educação Ambiental.

Inaugurado em 1982, pelo aniversário de Curitiba, hoje o Zoo é responsável pelo cuidado de mais de 1,5 mil animais, que ficam na área de exposição. Mais de 70% deles vieram de situações de intervenção humana que impossibilitaram sua soltura na natureza, tais como apreensões, tráfico, circos e maus-tratos.

Por ano, uma média de 70 animais nascem por lá. No ano passado, foram 75, de diversas espécies. Entre eles, uma arara-azul, considerada vulnerável na escala de extinção.

Outros animais de espécies em risco, de acordo com as informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), fazem parte da lista.

É o caso dos filhotes de marianinha, macaco-aranha-da-cara-preta, três papagaios-do-espírito-santo (chauá), ararajubas, sete guarás, mico-leão-de-cara-dourada, papagaio-de-cara-roxa e duas curicas-violeta.

Para o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Edson Evaristo, alguns fatores explicam o sucesso do trabalho.

“Temos ambientes cada vez mais pensados para o bem-estar dos animais, equipe técnica competente e as trocas de experiências possibilitadas pela participação nos grupos nacionais de conservação”, enumerou Evaristo.

O local, que já mantém uma série de programas de reprodução de espécies ameaçadas, passou a integrar em 2018 grupos nacionais de trabalho para conservação da fauna por meio de um Termo de Cooperação Técnica entre a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), ICMBio e Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Entre as oito espécies que fazem parte dos grupos nacionais, muriquis-do-sul, jacutingas e ararajubas já contam com trabalhos de reprodução ex-situ (fora da natureza) no Zoo.

Pelo bem-estar
Mesmo com o local fechado e a equipe reduzida – foram liberados servidores que fazem parte do grupo de risco, os animais continuam recebendo todos os cuidados.

“Graças ao comprometimento e resiliência do grupo que permaneceu, ao imprescindível apoio de técnicos dos outros setores, que se uniram à rotina de cuidados com os animais, estamos garantindo o bem-estar de todos”, assegurou Evaristo.

Para quando reabrir
O Zoológico de Curitiba fica na Rua João Miqueletto, s/n, no Alto Boqueirão e funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h30.