SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público de São Paulo divulgou nota no fim da manhã desta quarta-feira (18) para defender a atuação de membro da corporação que solicitou a abertura de um inquérito contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) por injúria racial e foi chamado de “filho da puta” pelo pedetista.

O texto, porém, revela mais do que o apoio da instituição ao seu quadro. Ele mostra que o alvo do xingamento do pré-candidato foi uma mulher. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.

O nome da promotora está sendo preservado pelo órgão. Ciro deu a declaração polêmica em um evento da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) nesta terça (17).

O pré-candidato comentava pedido de investigação feito pelo Ministério Público, quando disse: “Agora um promotor aqui de São Paulo resolveu me processar por injúria racial. E pronto. Um filho da puta desse faz isso e pronto. Ele que cuide de gastar os restinhos das atribuições dele. Se eu for presidente essa mamata vai acabar. Ninguém pode viver autonomamente, a lei está acima de todos nós”.

Ciro concluiu a fala alegando que só se tornou alvo da ação do MP paulista por estar na corrida presidencial. Ele indaga ainda quem poderia ressarci-lo pelos danos que ocasionalmente sua imagem poderia sofrer por conta da ofensiva do órgão.

O Ministério Público de São Paulo pediu o inquérito depois que, em entrevista à Rádio Jovem Pan em 18 de junho, Ciro chamou o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), ligado ao MBL, de “capitãozinho do mato”. Holiday é contra, por exemplo, a política de cotas nas universidades.

Em nova rixa com o MBL, Ciro disse nesta quarta (18), à Rádio Bandeirantes, que os militantes do grupo são de “delinquentes juvenis”.

“MBL? Eu sou candidato a presidente do Brasil, uma das maiores democracias do mundo e esses delinquentes juvenis são o que são. São o que são. E serão portanto assim tratados: delinquentes juvenis”, afirmou.