Ricardo Marajó/FAS

Catorze meninas e meninos de 4 a 10 anos atendidos pela Associação Cristã de Assistência Social (Acridas), entidade de acolhimento institucional contratada pela Fundação de Ação Social (FAS), passaram a tarde desta quarta-feira (3/10) lanchando e se divertindo no salão do restaurante Spring, no bairro Juvevê.

Elas fazem parte das cerca de 600 crianças de 3 a 10 anos que, desde segunda-feira (1º/10), estão sendo recebidas em 25 restaurantes, lanchonetes e padarias participantes da Semana Solidária da Criança, promovida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Curitiba.

Desse total, cerca de 150 são atendidas em oito unidades vinculadas à FAS, escolas e creches da Prefeitura, além de entidades da sociedade civil. A ação termina sexta-feira (5/10).

É a terceira vez que o restaurante do Juvevê adere à promoção da Abrasel. Para receber a meninada, o proprietário do estabelecimento, Marco Antônio Madalosso, mobilizou os gerentes Artur Gural e Márcia Growoski e o garçon Jonathan Willian. As três lojas do grupo – que também tem restaurantes no Batel e no Centro – estão participando.

Comida e diversão

A equipe providenciou uma colorida mesa de doces, salgados e sucos e contratou um mágico, que atraiu mais a atenção das crianças que a comida. “É um prazer para gente. Todo ano, nessa época, faço muitos amigos aqui. Agora penso até em adotar uma criança”, contou Willian, que trabalha no local há quatro anos e não pode ter filhos.

Foi ele quem ajudou as mães sociais Luci Menezes da Silva, Cristiane Oliveira Masini e Neusa Gomes e a representante da Abrasel, Jeniffer Soares, a cuidar do barulhento grupo. “Para eles, é uma aventura. As crianças esquecem por alguns momentos os dramas familiares que levaram cada um para a instituição”, disse Luci.

A Acridas é uma espécie de condomínio formado por quatro casas e um berçário para onde são enviadas crianças sob medida protetiva. Lá elas permanecem até que a Justiça decida pelo retorno familiar – de onde foram afastadas por estarem em situação de vulnerabilidade e risco social. Quando isso não é possível, são encaminhadas para adoção.