A servidora da Assembleia Legislativa do Paraná presa na última sexta-feira, 20, foi exonerada nesta terça-feira, 24, conforme publicado no Diário Oficial . Ela foi presa com outras quatro pessoas durante a Operação Baixa Ordem por suspeitas de integrarem uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos e roubava carros-fortes em Curitiba e Região Metropolitana. A mulher, de 47 anos, estava lotada na Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia, mas atuava na Liderança do Governo.

O deputado Rasca Rodrigues (PV), que preside a comissão, era responsável pelo ponto da servidora. Os registros, segundo ele, são exemplares. Colegas de trabalho se disseram surpreendidos pela notícia da prisão. Na terça, uma colega visitou a amiga. Segundo ela, a presa chorou copiosamente e negou completamente o envolvimento com a quadrilha. O inquérito está em sigilo. A mulher também já trabalhou como assistente de gabinete do deputado Luiz Cláudio Romanelli, do PSB, que afirmou que, durante o período em que ela exerceu a função, sempre se mostrou uma boa funcionária. Ele a conhece há 20 anos.

Colegas de trabalho da servidora, que conversaram com a reportagem sem gravar entrevista, acreditam que a mulher seja inocente. E que talvez, no máximo, tenha sido cúmplice do namorado, que era mais jovem que ela e que tinha atividade distante.

A reportagem apurou que a servidora relatava aos colegas que o namorado era fiscal de obras e que viajava muito. De acordo com a polícia, o homem é suspeito de chefiar a quadrilha que explodiu um caixa eletrônico em Rio Branco do Sul, na Região de Curitiba, na madrugada do dia 18 de julho, além de crimes em outros seis bancos. O delegado Marcelo Magalhães, do Cope, reforça que não há possibilidade de a mulher não estar envolvida com a quadrilha.

O grupo também é investigado por participação na tentativa de roubo a carros-fortes registrada na BR-376, em Palmeira, nos Campos Gerais, em fevereiro deste ano. A operação que prendeu o grupo contou com 60 policiais e foi comandada pelo Centro de Operações Policiais Especiais, o Cope. Um dos alvos da operação foi um vigilante que trabalhava em uma empresa de segurança e, segundo a polícia, observava a movimentação para os criminosos.

Um mandado de prisão foi contra um homem que está preso desde 7 de outubro de 2017. Ele foi detido na ocasião com um fuzil, colete a prova de bala, munição e uma sacola com dinheiro picado. Quando foi preso, o suspeito quebrou o celular, mas os policiais conseguiram recuperar parte dos dados armazenados e, após isso, se conseguiu identificar os outros integrantes do grupo criminoso.