Franklin de Freitas – Comércio em frente á Ópera de Arame fechado: efeito da crise do Covid-19

Os negócios que trabalham com turismo vêm sendo um dos mais atingidos pelos efeitos da pandemia do coronavírus no mundo, em especial, as pequenas empresas. Isso porque, o setor está entre aqueles que primeiro sentiram o baque provocado pela pandemia. Suspensão de viagens, voos, e até navios de cruzeiro em quarentena.
No Brasil, mesmo antes dos decretos dos estados para o isolamento e distanciamento da população, o setor já vinha em baixa, porque a vinda de turistas internacionais já rareavam com o fechamento dos aeroportos para pousos de aviões de determinadas origens, como da Europa.

Segundo dados do World Travel (WTTC), entidade mundial de viagens e turismo, em 2018, o turismo gerou 6,9 milhões de empregos. O levantamento ainda detalha que 99% dessa cadeia é composta por pequenas empresas. Elas representam 1,9 milhões de empreendimentos, divididos entre diferentes atividades, como agências de turismo, hotéis e pousadas, transporte, atrativos, eventos e até bares e restaurantes.

“Fechei as portas na sexta-feira (passada) e daí não abri mais. Ainda tentei três dias antes (manter o negócio aberto), mas não vendi nenhum almoço. Para não dizer que não vendi nenhum, na verdade, vendi duas marmitex e ainda dando desconto. Aí vi que não compensava ficar aberto”, conta Edjalma Eccher, proprietário do Restaurante e Lanchonete Paulo Leminski, bem em frente à Ópera de Arame, um dos pontos mais visitados do turismo curitibano.
Durante o último fim de semana o movimento nos parques e praças de Curitiba foi muito menor do que o normal. Segundo a Guarda Municipal e o departamento de parques e praças da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a redução no movimento chegou a 70% no movimento pela manhã e a até 80% durante a tarde do sábado passado.

A Prefeitura restringiu ainda as atividades em alguns locais públicos. O Jardim Botânico fechou a estufa e o jardim das sensações. Já o Passeio Público foi fechado no domingo.
No Litoral, embarques e desembarques na Ilha do Mel também foram suspensos desde o dia 21 de março. A medida permite o trânsito apenas de moradores ou em situações essenciais, como abastecimento ou socorro médico.
A Prefeitura de Guaratuba fez um apelo para que os turistas não descessem para o Litoral neste momento de isolamento por causa do coronavírus.

Negócios

  • O Sebrae divulga algumas medidas que podem ser feitas no período de paralisação das atividades
  • Transfira o que for possível das atividades com sua equipe, fornecedores e clientes por canais a distância/ virtuais
  • Comunique em todos os canais as medidas que a empresa está tomando relacionadas à política de cancelamento. Aproveite esse momento para demonstrar os serviços futuros
  • Planeje como irá administrar sua empresa nesse momento de paralisação
  • Analise quais contratos podem ser negociados para depois, converse com os fornecedores
  • Isole ambientes que ficaram parados durante este período
  • Acompanhe e planeje o fluxo de caixa
  • Fique atento às medidas econômicas do governo e bancos quanto ao apoio aos pequenos negócios e ao setor de turismo
  • Converse com seus agentes financeiros sobre linhas de créditos e flexibilização de pagamentos de empréstimos
  • Depois que todas as medidas emergenciais e de adaptação estiverem em curso, comece a pensar na sua retomada
  • Mantenha-se ou se insira na governança do seu destino, esse é o momento de se unir e trocar boas praticas
  • Use o momento para refletir sobre o seu negócio, veja como ele está posicionado. Se reorganize para, quando essa fase passar, a empresa retorne mais fortalecida