Instrumento popularizado por Astor Piazzolla, o bandoneon será uma atração à parte em duas live shows que acontecerão na 38ª Oficina de Música de Curitiba. O primeiro poderá ser visto nesta sexta-feira (22), ainda na fase erudita do evento, às 19h45, na Capela Santa Maria, com o Alejandro di Núbila Trio. O segundo marcará a abertura da etapa de MPB da Oficina, domingo (24), às 20h30, no Teatro do Paiol. com a participação do uruguaio Carlitos Magallanes. Para assistir, basta acessar o site www.oficinademusica.org.br/aovivo.

“O bandoneon é moderno não só por sua invenção ser recente, com relação a outros, mas também por suas possibilidades expressivas. Isso exige a entrega absoluta do músico, que vibra com o instrumento”, conta o argentino radicado no Brasil Alejandro di Núbila, que vive em Curitiba e já foi aluno em edições anteriores da Oficina de Música.

Piazzolla começou a tocar bandoneon ainda criança, antes dos 10 anos. O instrumento foi presente do pai – mais de duas décadas depois homenageado pelo filho em uma de suas mais conhecidas composições, ‘Adiós Nonino’. Aos 13, em Nova Iorque, o jovem Astor tocou para ninguém menos que Carlos Gardel. De volta à Argentina, três anos mais tarde, aprimorou-se no domínio do bandoneon e revolucionou o tango.

Em Curitiba há cerca de três décadas, o músico ajuda a difundir o tango e o bandoneon. Além do trio musical, ele produz o programa ‘Tanguería’, um lugar de encontro com o tango, veiculado há 10 anos pela Rádio Paraná Educativa.