ANA PAULA RAGAZZI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, disse nesta quarta (6) que as perdas provocadas ao setor siderúrgico brasileiro pela paralisação dos caminhoneiros somaram R$ 1,1 bilhão.

“Tivemos 17 alto-fornos abafados, paralisações de dez aciarias. Mas o mais grave foi a redução da alíquota do Reintegra”, disse o executivo, em referência a uma das medidas que o governo adotou para compensar a redução no preço do diesel. Lopes afirmou que a entidade decidiu que irá à Justiça para derrubar as mudanças no programa.

O Reintegra devolvia 2% do valor exportado em produtos manufaturados por meio de créditos de PIS/Cofins. Esse percentual foi reduzido para 0,1%, o que gerará ao governo recursos de R$ 2,27 bilhões até o final do ano.

Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim (associação da indústria química), disse que o prejuízo do setor com a paralisação foi de R$ 950 milhões. Segundo ele, a entidade decidirá no dia 19 se recorrerá de outra medida compensatória do governo, a alteração da tributação de um programa para a indústria química.

Quando a empresa importava, pagava 5,6% de PIS/Cofins e recebia um crédito de 9,25%. Essa “sobra” de 3,65%, que era usada para abatimento de outros impostos, foi extinta. O Regime Especial da Indústria Química, aumentará receitas em R$ 170 milhões.

Com a Reuters