Em abril, número de aparelho passou a marca de um por habitante.  Pesquisa revela 14% dos brasileiros usam o equipamenta para buscar produtos no varejo virtual
O smartphone é um item indispensável para o brasileiro, principamente, quando o objetivo é consumo. O aparelho pe usado em todas as etapas do processo: para chamar um carro de aplicativo de transporte, quando ele vai a uma loja física, até a compra propriamente dita. O Brasil superou, em abril, a marca de um smartphone por habitante e hoje conta com 220 milhões de celulares do tipo (de acordo com a FGV). Faz sentido, já que o smartphone é o principal meio de acesso à internet dos brasileiros – cerca de 92% da população prefere navegar pelas redes sociais e fazer compras online pela telinha, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número é especialmente interessante porque o mercado de smartphones experimentou dois anos seguidos de baixa (2015 e 2016, quando a crise econômica se aprofundou), mas se recuperou em 2017, com o segundo melhor desempenho da história: 47,7 milhões de aparelhos vendidos, crescimento de 9,7% em relação a 2016. São dados do IDC.
Alinhado a esse cenário, o PayPal realizou, em parceria com a Ipsos, a quarta edição de sua pesquisa “Perfil do Consumidor Online”. E descobriu, entre outras coisas, que, do total gasto no período de 12 meses (de março de 2017 a março de 2018) pelos compradores online brasileiros, cerca de 14% se deram via smartphones – em 2016, ano da terceira edição do estudo, esse índice era de 17%; e, em 2015, 13%.
Quando o assunto é a proporção de compras feitas via smartphone em sites de outros países, o total gasto atingiu 28% (em 2016, ficou em 18%; e, em 2015, não passou de 14%).
Essas são algumas das muitas conclusões a que o estudo chegou no Brasil. No total, a Ipsos ouviu mais de 34 mil internautas em 31 países para entender por que e como as pessoas compram produtos e/ou serviços via internet. Outros pontos abordados foram: como está o comérciocross-border(entre fronteiras); que tipo de equipamento as pessoas vêm usando para adquirir produtos/serviços online; o que as leva a querer comprar online; os principais produtos/serviços adquiridos (classificados por temas); e seus maiores receios na hora de finalizar compras pela web, ainda um gargalo para o setor de e-commerce e m-commerce.
A pesquisa também apurou que 76% dos internautas brasileiros compraram online (via app ou website) no período de 12 meses – em 2016, esse índice foi de 67%. Sendo que, desses compradores online, 52% afirmaram ter adquirido produtos somente em sites brasileiros (na terceira edição da pesquisa, essa porcentagem era de 55%); 40% compraram tanto domesticamente quanto em sites de outros países (eram 37% em 2016); e 8% só compraram de sites estrangeiros (número que não mudou desde o último levantamento).
Outro resultado importante do estudo: 45% dos adultos brasileiros entrevistados online acreditam que seus gastos online vão aumentar nos próximos 12 meses (em 2016, esse índice era de 44%).


Compras online e via mobile no Brasil estimadas até 2020:

A Ipsos estimou, neste levantamento, que o número total de compras online aumentou 21% no Brasil entre 2016 e 2017 (saltou de R$ 137,4 bilhões para R$ 166,2 bilhões). E que as compras online via smartphone no mesmo período sofreram um boom estimado de mais 60% – indo de R$ 26 bilhões para R$ 41,8 bilhões.

A Ipsos também estimou crescimento do mercado online em 19% em 2018; 18% em 2019; e 17% em 2020 (quando deve atingir cerca de R$ 272 bilhões). Já as compras via smartphone devem crescer 36% em 2018; 35% em 2019; e 34% em 2020 (batendo os R$ 103 bilhões).

Do valor total gasto online pelos entrevistados no período de 12 meses (média de gastos online por canal):
·62% foram gastos em sites brasileiros por meio de app ou website
·16% foram gastos em market places via app ou website
·13% foram gastos em sites estrangeiros por meio de app ou website
·9% foram gastos via redes sociais
Em que ocasiões ou épocas do ano os compradores cross-border compram mais do que normalmente em sites de outros países (% selecionada pelos compradores cross-border):
43% na Black Friday (49% em 2016)
39% no Natal (43% em 2016)
29% em vendas sazonais (38% em 2016)
15% no Dia das Mães (21% em 2016)
13% no Dia das Crianças (item novo na pesquisa)
11% no Dia dos Namorados (16% em 2016)
11% no Dia dos Pais (14% em 2016)
9% na Páscoa (10% em 2016)
8% no Dia da Mulher (item novo na pesquisa)
7% na Cyber Monday (11% em 2016)