Reprodução de vídeo – Bolsonaro

Em sua live semanal, nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que só sairá da Presidência se Deus o tirar do cargo. Ele deu a declaração ao comentar uma decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que deu cinco dias para presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PL), se manifestar sobre prazos de abertura de impeachment.

“Realmente, alguma coisa muito errada vem acontecendo há muito tempo no Brasil. Só digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e, me tira, obviamente, tirando minha vida”, disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

A Câmara dos Deputados tem mais de 100 pedidos de afastamento do presidente Jair. A maioria deles foi motivada pela forma como o governo conduziu as ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

 “Vamos ver qual encaminhamento o Lira vai dar no tocante a isso. Não quero me antecipar, falar o que acho sobre isso aí. O que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar, mas não vai mesmo… Não vai mesmo”, declarou Bolsonaro, na live.

Caso Kajuru

Em outro momento da live, Bolsonaro voltou a dizer que o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) não pediu autorização para gravar a conversa entre os dois e o chamou de “maluco”. No último fim de semana, o senador divulgou uma ligação em que Bolsonaro sugere caminhos para interromper a CPI da Covid-19 que investigará a conduta do governo federal na pandemia.

“O senador Kajuru me ligou, foi uma conversa que eu teria com qualquer senador. Agora, o fato de gravar… No dia seguinte, ele me ligou novamente e falou que tinha cortado partes agressivas ao senador (Randolfe Rodrigues). Fiquei quieto, quando ele falou aquilo, vi que o cara me gravou e iria divulgar. Não vou discutir com maluco. Ele não pediu autorização para gravar uma ligação comigo”, afirmou Bolsonaro.