SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No dia 11 de setembro de 2001, Jason Spindler se atrasou para seu trabalho no World Trade Center e, por isso, escapou do atentado que derrubou as duas torres em Nova York. Nesta quarta (16), porém, ele não teve a mesma sorte durante um ataque terrorista no Quênia. 


O empresário que faria 41 anos na próxima semana é um dos 21 mortos no ataque a um complexo hoteleiro em Nairóbi que foi reivindicado pelo grupo islamita Al Shabaab. 


“É com pesar no coração que informo que meu irmão Jason Spindler faleceu esta manhã durante um ataque terrorista em Nairóbi, no Quênia. Jason era um sobrevivente de 11 de setembro e um lutador. Tenho certeza que ele deu trabalho [aos terroristas]”, escreveu seu irmão, Jonathan, nas redes sociais. 


O atentado começou na terça (15), quando terroristas armados com armas e explosivos entraram no complexo, e só terminou no dia seguinte, quando as forças de segurança conseguiram esvaziar o local. Além do americano, também foram mortos 16 quenianos, um britânico e três africanos que não tiveram sua origem identificada.  


Splinder era sócio, fundador e CEO da empresa de consultoria e investimentos I-Dev International, especializada em desenvolver novos negócios em países em desenvolvimento. Ele morava em San Franciso, nos EUA, mas estava no Quênia para participar de um novo projeto. 


Nascido em Houston e formado em negócios pela Universidade do Texas e em direito pela Universidade de Nova York, Splinder trabalhava no banco de investimentos Salomon Smith Barney, com sede no World Trade Center, em 2001.


No dia do atentado em Nova York, porém, ele se atrasou e não estava no prédio no momento que os aviões colidiram com as duas torres. Em vez disso, viu da saída do metrô quando o local desmoronou, disse sua mãe, Sarah, ao canal americano KRTV.


Kevin Yu, amigo da época da Universidade do Texas, disse que Spindler ajudou várias pessoas a sair do prédio em chamas na ocasião. Ele também entrou no programa de voluntários do governo americano e atuou no Peru. 


“Nós todos vamos sentir muito a falta dele. É muito triste ver uma pessoa tão jovem e brilhante ser levada pelo terrorismo”, disse a mãe à NBC News.