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Com a falta de medicamentos necessários para a entubação de pacientes acometidos pela forma mais grave de Covid-19, sociedades médicas divulgaram uma lista de medicamentos substitutos e recomendaram o cancelamento de cirurgias eletivas. Faltam medicamentos sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares, essenciais para instalar o tubo de oxigênio nos doentes em tratamento nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Com isso, não é possível socorrer pacientes graves que precisam de ventilação mecânica.

As entidades se reuniram no domingo (21) com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para entregar o documento com as novas recomendações. Houve reunião também com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasmens).

Informações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) são de que a falta de medicamentos ocorre em alguns lugares do país e que está havendo dificuldade de reposição de estoque na maioria dos estabelecimentos assistenciais de saúde. 

Entre as sugestões apresentadas está o cancelamento de cirurgias eletivas para poupar os medicamentos. Além disso, a recomendação é de providenciar medidas administrativas que facilitem a importação desses medicamentos, com a maior celeridade possível e a busca ativa por aquisições e doações por parte de países com estoques disponíveis.

Em relação aos medicamentos, a ideia é que sejam substituídos por outros de igual eficácia mas com mais disponibilidade no mercado. Pode também haver diferentes combinações de drogas, dependendo do que estiver à mão e do quadro e da saúde do paciente.

As novas orientações foram criadas por uma força-tarefa composta de membros da SBA, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, do Instituto para Práticas Seguras do Uso de Medicamentos) e da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde.