Quarto colocado no Circuito Mundial de Surfe, Filipe Toledo reforçou sua equipe para tentar em 2020 o título inédito para sua carreira. O atleta de Ubatuba, que atualmente mora na Califórnia, vai trabalhar com Luiz Henrique Campos, o Pinga, que teve importância nas carreiras de Adriano de Souza, o Mineirinho, e Italo Ferreira. Eles foram campeões mundiais em 2015 e 2019, respectivamente.

O profissional vai trabalhar diretamente com patrocinadores de Filipinho no Brasil e planejar ações envolvendo o surfista. Como conhece bem a indústria da modalidade, por suas passagens por marcas como Lightning Bolt, Quiksilver, Reef e Oakley, onde ficou mais conhecido, Pinga tentará ajudar o atleta a chegar ainda mais longe na temporada.

“A imagem do Filipinho já é forte e a ideia é aumentar cada vez mais, porque é um atleta que tem um carisma muito grande, sem rejeição, que realmente representa o surfe. Vamos iniciar um trabalho de aproximação de todos os patrocinadores aqui no Brasil, começar a usar a imagem dele numa maneira mais agressiva nos pontos de venda, usar mais o trade marketing, linha de produtos e buscar novos parceiros”, conta.

Pinga revelou e formou Adriano de Souza no surfe. Colaborou para o sucesso do atleta nas ondas e em 2015, quando era treinado por Leandro Dora, o Grilo, Mineirinho foi campeão mundial. Já com Italo a relação foi mais recente e em boa parte da última temporada ele era o técnico do surfista potiguar, que depois conquistou o título. Além deles, o profissional trabalhou também com Caio Ibelli e o Michael Rodrigues, outros competidores de elite.

Além de conhecer Filipinho há muitos anos, Pinga é amigo de Ricardinho Toledo, pai do atleta e que foi um grande surfista. “Minha expectativa é a melhor possível. Conheço o Ricardinho e a Mari (mãe de Filipe) há muito tempo. Minha relação com eles sempre foi muito legal, a gente se deu super bem desde os anos 80. Eu acredito que temos um futuro muito bacana pela frente, para ajudar no que for preciso”, comenta.

Além de Pinga, Filipinho tem a ajuda preciosa do pai, que costuma atuar como técnico e gestor de carreira, de Eduardo Takeuchi, que cuida da parte física e psicológica, de Bruno Baroni, que está sempre junto fazendo suas filmagens, e de Fábio Maradei, que se encarrega da parte da comunicação. “Em 2020 a gente vai botar tudo para quebrar de novo”, avisou o surfista, que espera fazer sua melhor temporada no Circuito.

FRUSTRAÇÃO – Filipinho chegou ao Havaí para a última etapa da temporada com chances reais de ser campeão mundial, mas acabou sendo eliminado precocemente no Pipe Masters e deu adeus ao sonho do seu primeiro título. Com a derrota, também ficou fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, perdendo a vaga para Gabriel Medina e Italo Ferreira.

Na avaliação de muitos especialistas, ele era a maior esperança de ouro do Brasil na estreia do surfe na Olimpíada, por ser o que consegue ter o melhor desempenho no tipo de onda do Japão. Claro que o País estará bem representado com Italo e Medina, e ambos têm ótimas chances de pódio, mas o estilo ousado de Filipinho, que costuma acertar grandes aéreos, era um grande trunfo.

Com a chegada de Pinga para seu time, Filipinho se mostra empolgado. “Estou sempre buscando evolução e é por isso que a gente só busca pessoas que realmente farão a diferença nas nossas vidas. Quero fazer acontecer de uma forma feliz, sem pressão, para que sejamos muito mais que uma equipe. Vamos jogar juntos”, avisou.