Ainda tratando uma infecção urinária e com complicações urológicas após procedimento para desobstrução na uretra, o presidente Michel Temer tenta acatar as recomendações médicas e diminuir o ritmo de trabalho, mas já avisou a auxiliares que pretende retomar a rotina no Planalto a partir desta quarta-feira (3). Nesta terça-feira (2), Temer caminhou cedo e recebeu os ministros palacianos no início e no fim do dia para tratar dos temas de governo.

Temer também despachou com a área jurídica algumas medidas como a sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA), que será publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial da União. Depois de alguns dias de desconforto e com febre, o presidente retirou a sonda que estava usando desde 13 de dezembro e agora, segundo auxiliares, continuará a monitorar o estado de saúde diariamente.

Apesar de ser uma possibilidade médica, auxiliares dizem que até o momento o presidente ainda não tem indicação cirúrgica – para eventual retirada da próstata – ou até mesmo uma hemodiálise, já que uma das queixas do presidente ainda continua sendo algumas dificuldades para urinar. O presidente fará avaliações diárias e deve fazer um procedimento para dilatar a uretra e evitar novas obstruções do canal condutor da urina.

Segundo a assessoria de imprensa do Planalto, ainda não há previsão de que o presidente vá para São Paulo, mas fontes salientam que nos próximos dias é possível uma avaliação mais completa no hospital Sírio Libanês, onde ele fez a cirurgia e está sendo acompanhado pelo urologista Miguel Srougi.

Ritmo – Apesar de comum para um paciente de 77 anos, o problema urológico do presidente foi agravado por desobediência médica, ressaltam auxiliares. Temer, que deveria manter um período de descanso, retomou a agenda logo depois da cirurgia e apesar de restrições médicas para viagens, por exemplo, foi no último dia 27, em solenidade no Porto de Açu, no Rio de Janeiro.