Cosedi/divulgação – Foco do trabalho da Cosedi foi de identificar e verificar as edificau00e7u00f5es com problemas estruturais

O município de Itaperuçu, na região metropolitana, tem 26 casas com riscos iminentes na estrutura, o que pode provocar desabamentos. O levantamento é da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) de Curitiba, que durante esta semana vistoriou residências na área mais afetada da cidade vizinha após os estragos provocados pela formação de um tornado, registrado na última sexta-feira (30/11). Dois adolescentes morreram em decorrência da tragédia.

A equipe técnica, composta por engenheiros e arquiteto da Prefeitura de Curitiba, percorreu imóveis do Centro e dos bairros Jardim Santa Maria, Butieirinho, Jardim Itaú II e Vinha Canha, em um grupo organizado pela Defesa Civil do Estado, com o apoio de servidores municipais de Itaperuçu.

“Agora, vamos encaminhar os relatórios das vistorias à Defesa Civil do Estado que, conjuntamente com a Prefeitura de Itaperuçu, vão definir as providências e formas de auxílio a serem tomadas”, informa o coordenador da Cosedi, Marcelo Solera.

O foco do trabalho da Cosedi foi de identificar e verificar as edificações com problemas estruturais. “Ou seja, aquelas que oferecem algum risco para as pessoas que ocupavam ou ainda estão ocupando o imóvel”, explica Solera.

A maioria das casas visitadas pela equipe da Cosedi é de madeira. “São de uma estrutura mais frágil. Em função da intensidade e da velocidade do vento, essas estruturas foram abaladas e as edificações correm risco de desabamento”, explica ele.

Auxílio integrado – A ação integrada em Itaperuçu é considerada um tipo de resposta diferente frente a um desastre natural na região. Após o atendimento emergencial, as atividades de auxílio ao município continuam. Além dos profissionais da Cosedi, voluntários dos Engenheiros Sem Fronteiras e alunos de engenharia estão contribuindo na avaliação dos danos e orientação às famílias atingidas.

Equipes do Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura de Curitiba reforçam a retirada de entulhos e resíduos deixados pelo desastre com cinco caminhões e 30 pessoas, entre coletores, serventes, líderes e motoristas envolvidos na recuperação. Os trabalhos da Cosedi, do Meio Ambiente e, ainda, doações da Fundação de Ação Social (FAS) foram desenvolvidos após convênio firmado pelos prefeitos Rafael Greca e Helio Guimarães.

Reconstrução – Para os moradores de Itaperuçu, esta primeira semana após o ocorrido foi de limpeza e ajustes ao que foi possível recuperar. Vizinhos e amigos ajudavam no trabalho de recomposição dos telhados, retirada de entulhos e de reconstrução de estruturas que foram atingidas pelo tornado.

Relatório da Defesa Civil do Estado aponta que foram 414 residências afetadas de alguma forma pelo fenômeno climático, das quais 12 completamente destruídas, além de danos em prédios públicos. “Este é um dos motivos pelos quais incentivamos a criação de uma estrutura como a Cosedi no maior número possível de municípios. É preciso sensibilizar os gestores públicos municipais para esse trabalho”, aponta Solera.

Após se espelhar no modelo de Curitiba, a cidade de Quatro Barras, na região metropolitana, implantou a Cosedi neste ano. Como forma de preparação, a Cosedi de Curitiba ofertou um curso de capacitação para as equipes. Campina Grande do Sul sinaliza para a criação da estrutura.

Na capital, a Cosedi – criada há 20 anos – funciona integrada à Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito e mantém plantão 24 horas por dia, para casos de emergência. Faz em média dez vistorias diárias em canteiros de obras, terrenos e edificações com riscos estruturais.