O deputado estadual Ademar Traiano (PSDB) foi reeleito ontem para o quarto mandato consecutivo à frente da presidência da Assembleia Legislativa, em uma eleição sem disputa. Traiano encabeça a única chapa registrada para a eleição interna do comando da Casa, que foi antecipada de outubro para agosto, para não coincindir com a campanha eleitoral dos candidatos a prefeito e vereadores. Além de Traiano, foram releitos a maioria dos integrantes da atual Mesa Executiva do Legislativo, incluindo o 1º secretário da Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB). Uma das poucas mudanças foi a saída do deputado Plauto Miró Guimarães (DEM) da 1ª vice-presidência, substituído por Tercílio Turini (CDN).
O tucano preside a Assembleia desde 2015. Como o mandato é de dois anos, ele ficará à frente do cargo até janeiro de 2023, completando oito anos consecutivos no comando da Casa.
Durante a discussão da antecipação da eleição, o deputado Homero Marchese (PROS) chegou a defender o fim da reeleição para os cargos da Mesa Executiva da Assembleia na mesma legislatura, e a possibilidade de apresentação de candidaturas avulsas, como ocorre na Câmara Federal e no Senado. Marchese, porém, não conseguiu apoio para que as propostas fossem votadas. Deputados de oposição também defenderam essas mudanças, mas alegaram que a discussão só poderá ser feita quando a Assembleia retomar as sessões presenciais, suspensas desde março, por causa da pandemia do coronavírus. Ontem, Romanelli afirmou que não há previsão para o retorno das sessões presenciais.
Questionado hoje sobre o assunto, Traiano afirmou que a questão pode ser discutida no futuro. “O processo tem que passar por uma discussão da Casa. Não sou eterno. Estou aqui por ter adquirido respeito e credibilidade”, disse. “No momento a regra do jogo é essa”, alegou. A chapa única recebeu 48 votos a favor e seis abstenções.