Franklin de Freitas – Vacinação voltou a ser feita em 110 unidades de saúde de Curitiba

A vacinação contra a febe amarela quadruplicou em Curitiba em uma semana. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, no dia 21 de janeiro foram aplicadas 1.687 vacinas contra a doença na Capital. No dia 28 foram 5.039. Desde o dia 21 a vacina voltou a ser ofertada em 110 undiades de saúde de Curitiba, depois que a Secretaria Estadual tinha suspeita de que o vírus da febre amarela circulava no Litoral do Estado. 

O aumento no número de vacinas aplicadas também coincide com o período que macacos foram encontrados mortos em uma área de mata em Antonina, com suspeita de febre amarela (confirmada na sexta-feira passada). Na terça-feira foi confirmado o primerio caso autóctone da doença, em um jovem do Litoral, que está hospitalizado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, há outros 29 casos suspeitos sob investigação.
“O grande número de notificações não deve assustar a população, porque revela que o trabalho de vigilância está sendo feito”, afirmou o diretor do Centro Epidemiológico do Paraná, João Luís Crivellaro. A Secretaria também criou o Centro de Operações em Emergências em Saúde (Coes) para monitorar a febre amarela e traçar as estratégias de enfrentamento da doença.

As unidades de saúde de Curitiba esperam que a procura pela vacina até aumente mais por causa do caso confirmado. “Convocamos a população para se vacinar contra a febre amarela o quanto antes, especialmente nesta época em que muitas pessoas viajam para em áreas com risco de contaminação, como regiões turísticas de mata”, diz a médica infectologista do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Marion Burger, na semana passada.
Devem tomar a vacina quem tem de 9 meses a 59 anos de idade. Quem já tomou esta vacina uma vez na vida não precisa refazer. Se a pessoa não tomou a vacina ou se não tem certeza se tomou, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e se imunizar.

A Secretaria de Saúde de Curitiba alerta para o fato de que na Capital não há a confirmação e que o vírus tenha chegado até a cidade, mas por prevenção as pessoas que forem para os locais onde há a circulação do vírus se vacinem. Em julho do ano passado, em função dos casos ocorridos no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais o Ministério da Saúde incluiu a área do Paraná como área de recomendação de vacinação contra a febre amarela.

Doses
A Secretaria de Estado da Saúde enviou reforço de doses de vacinas contra a febre amarela a todas as 22 Regionais do Paraná. De acordo com o diretor-geral Nestor Werner Junior, todas as unidades estão abastecidas e a secretaria dispõe de um estoque estratégico de 300 mil doses para qualquer eventualidade. A população de maior risco à exposição ao vírus é a que reside em áreas rurais, de matas, ou que costume frequentar áreas silvestres, tanto por trabalho quanto esporadicamente por turismo.

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Os sintomas da febre amarela

  • Os sintomas iniciais incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza
  • A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% dos casos apresentam um breve período de melhora e, então, desenvolvem uma nova fase mais grave da doença
  • Nesses casos, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos
  • De 20 a 50% das pessoas que desenvolvem a forma grave da doença morrem