José Fernando Ogura/AEN – Casos da Delta foram confirmados por sequenciamento feito pela Fiocruz

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, ontem, mais 26 casos e nove mortes pela variante delta e suas sublinhagens. Agora, o Paraná soma 162 casos e 38 óbitos. Os dados foram repassados no relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2 (vírus responsável pela Covid-19), por sequenciamento genômico, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As mortes foram registradas nos municípios de Campina Grande do Sul, Curitiba, São José dos Pinhais e Cascavel – seis mulheres e três homens com idades que variam de 5 a 80 anos.

Os novos casos foram registrados em Antonina, Morretes, Paranaguá, Campina Grande do Sul, Curitiba, Quatro Barras, São José dos Pinhais, Cascavel, Alto Paraíso, Cianorte, Loanda, Londrina, Rolândia e Toledo.

Até agora, 926 amostras foram sequenciadas: 391 aguardam resultado e, dentre os sequenciamentos, 492 indicaram a variante P.1.

Assim que o relatório é enviado pela Fiocruz, a Sesa entra em contato com as Regionais de Saúde, que por sua vez comunicam os municípios de residência (ou de notificação) dos casos confirmados para iniciarem a investigação epidemiológica. Este processo inclui dados desde o início dos sintomas, a realização do exame, se houve internação e se o caso é considerado como cura ou óbito.

Sublinhagens de variantes são fenômenos que fazem parte da evolução viral natural e estão associadas à taxa de replicação da doença. Quanto mais o vírus se multiplica, mais rápido ocorrem os processos de evolução. O vírus Sars-CoV-2 sofre mutações esperadas dentro do processo evolutivo de qualquer vírus RNA. Quando isso acontece, caracteriza-se como uma nova variante do vírus.

Vacinas

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou a distribuição de mais 536.430 vacinas contra a Covid-19 ontem. Foram 303.030 doses da Pfizer/BioNTech para primeira aplicação (D1) e 233.400 vacinas da CoronaVac/Butantan para segunda dose (D2).

Os imunizantes da Pfizer fazem parte da 50ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde recebida na segunda-feira. Já as doses da CoronaVac são vacinas destinadas a D2 dos esquemas vacinais iniciados na 41ª, 42ª e 43ª remessa.

A nova remessa irá possibilitar a retomada da aplicação de primeiras doses em diversos municípios do Estado. Segundo o Ministério da Saúde, o Governo Federal deve enviar cerca de meio milhão de doses ainda nesta semana para finalizar a aplicação da D1 na população adulta do Paraná, estimada em 8.720.953 pessoas.

Após atingir essa meta, o Estado poderá iniciar a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos e a terceira dose em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos. Para estes grupos a Saúde espera uma manifestação do Ministério da Saúde.

Imunizados

Estado passa de 8 milhões de vacinados

O Paraná ultrapassou ontem a marca de 8 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose (D1) ou dose única (DU) do imunizante contra a Covid-19. Em números absolutos, 8.011.769 doses foram aplicadas na população adulta entre D1 e DU.

A estimativa do Ministério da Saúde é que o Estado tenha 8.720.953 pessoas elencadas como população vacinável – acima de 18 anos. Sendo assim, agora o Paraná atingiu 91,8% deste grupo com ao menos uma dose. Os dados são do Vacinômetro nacional com informações da base do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Curitiba ultrapassou a marca de 51% da população adulta imunizada contra a Covid-19. Até o fim da tarde da segunda-feira, 749.915 pessoas acima de 18 anos de idade foram vacinadas com as duas doses ou a vacina de dose única, concluindo o esquema de imunização contra o novo coronavírus.

Curitiba tem mais 16 óbitos, Estado 51 e País 731

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, ontem, 345 novos casos de Covid-19 e 16 óbitos. As vítimas foram 12 homens e 4 mulheres, com idades entre 27 e 96 anos. Seis pessoas tinham menos de 60 anos. Até o momento foram contabilizadas 7.349 mortes e 288.131 casos confirmados desde o início da pandemia. São 6.397 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Ontem, foram desativados 10 leitos de UTI Covid do Hospital Vitória, em razão da baixa taxa de ocupação. Com isso, a taxa de ocupação dos 355 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 60%.

Paraná — A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem mais 1.968 casos e 51 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os casos são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas.

Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.474.961 casos e 37.944 óbitos pela doença. De acordo com o boletim, 814 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados.

Brasil — O total de pessoas que foram contaminadas pelo novo coronavírus chegou a 21.019.830 no Brasil. Ontem foram confirmados mais 13.406 diagnósticos positivos. O número de mortes atingiu 587.797 pessoas. Ontem foram 731 mortes a m ais.

Câncer já é a principal causa de morte na infância

Alana Gandra – Agência Brasil

Embora o câncer em crianças seja uma doença rara, ele é responsável pela maioria das mortes entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade, da ordem de 8% do total, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

“É a primeira causa de morte por doença no Brasil e nos países desenvolvidos. Ele (câncer) só perde para causas externas, como traumas, e outros agentes externos”, disse ontem à Agência Brasil a oncologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) Flávia Martins.

Os três tipos de câncer mais comuns entre crianças e jovens, por ordem de frequência, são leucemias, tumores no Sistema Nervoso Central (SNC) e linfomas. O mês de setembro é reservado à conscientização e combate ao câncer infantojuvenil. A oncologista alerta que o reconhecimento dos sintomas pelos pais é muito importante.

“Prestar atenção em febres contínuas. Lembrar que a criança tem, sim, febres, tem viroses, infecções, mas elas duram, no máximo, entre três e cinco dias, e não costumam deixar a criança prostrada, não costumam causar dor”. Outro sinal importante, segundo a médica, é a palidez.

“Quando a criança está um pouquinho descorada e menos ativa, os pais devem levar em consideração e levar para uma avaliação médica”.