Franklin de Freitas – Dia de Finados u00e9 uma das mais importantes para o setor de flores

Na próxima sexta-feira (2) é celebrado o Dia de Finados, um feriado religioso dedicado a orações e homenagens àqueles que já se foram. Para o comércio curitibano, é uma oportunidade para aqueles que trabalham com flores aumentares seu faturamento. E as estimativas do setor vão de 30% a 100% de faturamento a mais comparado a outras datas.

No Mercado de Flores da Central de Abastecimento da Ceasa Curitibana, por exemplo, a expectativa é de um aumento em torno de 30% no volume de comercialização neste mês. A previsão é feita pelos permissionários que atuam no mercado da unidade, que todos os meses movimenta cerca de 160 toneladas entre flores e plantas ornamentais.

“Sempre temos um bom movimento neste período que antecede o Finados. A maior procura é para o crisântemo, por ser uma flor que tem como caraterística a sua durabilidade. Mas há também outras variedades como begônias, azaleias, violetas, orquídeas, entre outras opções”, diz Roseli Aparecida, da Pontual Flores, que mantêm um boxe no Mercado de Flores da Ceasa Curitiba.

Na Floricultura Rosa Mística, localizada próximo ao cemitério do Boqueirão, a empresária Eliane Regina Ozório comenta que a expectativa é ainda mais positiva, com previsão para dobrar as vendas por conta da data. A demanda, conta ela, começou a se intensificar ainda na semana passada, cerca de 10 dias antes do feriado de Finados.

“Já está agitando um pouco (o movimento). Sempre dobra (o faturamento) em relação ao normal, com a procura se concentrando principalmente em vasos de crisântemos, lírios, begônia, violeta”, explica Eliane, comentando que para flores desse tipo (vasos) as melhores datas são o Dia das Mães, Dia dos Pais e Finados. 

Na Esalflores, que também trabalha em parceria com redes de supermercado e materiais de construção, a expectativa é igualmente positiva. São 45 mil vasos e flores preparados para serem comercializados, conta Bruno Esperança, diretor-geral da empresa. “É a quarta data mais movimentada do ano para gente, só fica atrás do Dia das Mães, dos Namorados e da Mulher. A nossa preparação, movimentação de entregas, é intensa, cresce 100%”, diz ele, acrescentando que os preços estão estáveis na comparação com o ano passado.

Guerra de preço
Não são todas as floriculturas de Curitiba, entretanto, que estão com boas expectativas com relação à data. Proprietária da Agapanthus, Márcia Carazzai comenta que há 16 anos não abre a loja nos Finados.

“Nossos clientes encomendam e entregamos um dia antes para eles ou até levamos no cemitério no dia, decoramos o túmulo. Mas não tenho aquela venda expressiva. Hoje é muito supermercado, guerra de preços. Não sei porque as pessoas não acham legal comprar algo de melhor qualidade para homenagear os antepassados”, lamenta a empresária, ressaltando que ainda assim aceitam encomendas especiais para a data.

Na Flora Pracinha do Batel, a funcionária Adriane Aparecida de Oliveira apresenta um cenário parecido. “Finados, para a floricultura, já não tem mais aquele movimento. É mais em cemitério, mercado mesmo. Nas floriculturas o movimento é menor”, afirma ela, comentando ainda que neste ano o movimento caiu cerca de 40% na empresa em que trabalha.