André Rodrigues

Uma vigília na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, relembra 1 ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e Anderson Gomes. na noite desta quinta (14). Centenas de pessoas estão reunidas para pedir justiça e que as investigações mostrem os mandantes do atentado. 

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 do dia 14 de março de 2018. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços.

Os dois acusados pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que completa um ano nesta quinta (14), foram mantidos presos pela Justiça fluminense após audiências de custódia que trataram sobre armas ilegais encontradas com eles quando foram presos, na última terça (12).

Ao policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, são atribuídos 117 fuzis incompletos achados na casa de seu amigo Alexandre Motta, no Méier, na zona norte do Rio. Já o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46, teve duas pistolas não legalizadas apreendidas em sua residência em Engenho de Dentro, também na zona norte.

Os três tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva, sem prazo para soltura. As audiências não trataram das mortes em si, e sim da posse de armas de uso restrito das forças de segurança -portanto apenas Motta poderia ser solto, já que os outros dois também respondem pelos homicídios.

Os três estão detidos na Delegacia de Homicídios (DH) desde terça e já prestaram depoimentos à polícia sobre as armas. Nesta quinta, por volta do meio-dia, eles foram levados ao IML (Instituto Médico-Legal), para fazer exame de corpo de delito, e ao presídio de Benfica (zona norte), para as audiências de custódia.