Cesar Brustolin

Na quinta-feira (2/8), 140 mil crianças e estudantes da rede municipal de ensino recomeçam as atividades do segundo semestre letivo nas 185 escolas e nos 220 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Foram 17 dias de recesso. As creches contratadas (CEIs) seguem calendário próprio.

Para professores, pedagogos, diretores, inspetores e funcionários, as atividades começam mais cedo. Nesta terça (31/7) e quarta-feira (1/8), eles participam da Expo Educação, uma forma inovadora de organização da Semana de Estudos Pedagógicos.

Para os pequenos, o começo das aulas é sempre muito aguardado, pois traz momentos de reencontro, novidades e muita interação. A família é fundamental para garantir que haja uma adaptação tranquila ao retorno escolar.

A superintendente de Gestão Educacional da Secretaria Municipal da Educação, Elisângela Mantagute, explica a importância de retomar os horários de refeição e sono alguns dias antes da volta às aulas. Segundo ela, verificar a agenda escolar e cadernos também é importante.

“O processo de readaptação que ocorre agora no meio do ano costuma ser mais simples do que o início das aulas em fevereiro, afinal, as crianças não ficaram tanto tempo longe da escola. Mesmo assim, é importante, nos dias que antecedem o retorno à rotina, preparar a criança para rever professores e colegas”, destaca Elisângela.

Maria Eduarda, 9 anos, volta a estudar no turno matutino da Escola Municipal dos Vinhedos, em Santa Felicidade. Nos últimos dias, aproveita os momentos em família e as brincadeiras com os amigos, mas já se prepara para a mudança na rotina.

A mãe da menina, Viviane Stawinski, tomou uma medida simples, que é consenso entre educadores. Ela explica que tenta estimular a independência de Maria Eduarda e também da pequena Luíza Helena, 7 anos, deixando que elas acordem e se levantem sozinhas, com despertador próprio.

“Claro que, às vezes, as crianças estão mais cansadas e precisam de ajuda. Mas as meninas até ajudam a preparar o que gostam de comer no café da manhã”, conta a mãe. Umas das principais mudanças na rotina das filhas será a restrição no uso de celular, tablete e computador. “Durante as férias, libero mais porque tanto eles quanto eu temos mais tempo: elas, para brincar, e eu, para controlar o que estão fazendo”, conta Viviane.

A mãe explica que, quando as aulas começam, os aparelhos ficam reservados só para o fim de semana. Além disso, os horários de almoço e jantar ficam mais rígidos e a família volta a fazer as refeições em conjunto.  E, claro, a hora de fazer dever de casa é reinserida à rotina.

Para os pequenos

As crianças menores também necessitam de adaptação. “Elas precisam da certeza e da confiança dos pais para este retorno”, afirma a diretora Daniele Cristina Moreira Passos, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Senador Affonso Camargo, no bairro Cajuru. Ela conta que, para facilitar o retorno dos pequenos, as boas-vindas são sempre realizadas com várias atividades de interação e brincadeiras.

“Para a readaptação e integração das crianças nos preocupamos com o acolhimento, por isso é importante que as atividades tragam bem-estar”, diz Daniele. A creche também acaba de finalizar uma reforma no refeitório para garantir que as crianças estejam num ambiente aconchegante.