Divulgação – Bonequinhas form produzidas para as enfermeiras de hospitais

Uma iniciativa que une 38 costureiras voluntárias a 1.021 profissionais de enfermagem que estão na linha de frente da pandemia de Covid-19. Foram mais de mil bonecas de fuxico produzidas ao longo de 2 meses para distribuir, como forma de homenagem, à equipe que tem se dedicado dia após dia aos pacientes.

“Sempre quis fazer algum trabalho assim, mas nunca dava certo. Aí veio a pandemia e o hospital perguntou se eu queria ajudar a fazer máscaras, tudo indicação da minha filha. Aceitei e fiz máscaras por 5 meses e continuamos com as bonecas de fuxico até hoje. Para mim, foi uma benção, principalmente nessa pandemia. Como sou do grupo de risco e tenho que ficar em casa, me apeguei ao voluntariado. Pra mim é uma terapia”, diz Ester do Carmo Gomes, uma das voluntárias.

Jhosy do Carmo Gomes é filha de Ester e gerente de enfermagem do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, onde, junto com o Hospital Universitário Cajuru, serão entregues as bonecas de pano ao longo da semana em que se comemora o Dia da Enfermagem, hoje. “O sentimento de receber uma homenagem que minha mãe ajudou a fazer é de gratidão porque ela é tudo pra mim. E saber que minha mãe está participando de uma homenagem para a minha classe, me deixa sem palavras. É um presente com amor em dobro”, revela.

Para Maria Regina Figueiredo Silva, voluntária há 9 anos no Hospital Universitário Cajuru, a ideia era exatamente essa: demonstrar, por meio das bonecas, todo o carinho e admiração que elas sentem pelos profissionais da enfermagem que têm se mostrado ainda mais essenciais durante a pandemia.

“Resolvemos elaborar uma maneira de contribuir e homenagear as equipes mesmo à distância. Queríamos mostrar que estávamos pensando nas pessoas que estão trabalhando no hospital. As bonequinhas acabaram sendo uma ponte entre o nosso trabalho, naquele pequeno pedaço de pano, e os profissionais da saúde. O que eu espero com essas bonecas é que os enfermeiros percebam que eles não estão sozinhos”, afirma.

“Como a visita presencial dos voluntários está suspensa por causa da pandemia, decidimos usar um tablet para que a equipe de costureiras pudesse acompanhar a entrega das bonecas de forma remota e deixar uma mensagem para os profissionais”, diz a coordenadora do voluntariado dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Nilza Maria Brenny.