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No dia 7 de junho, acontece no 10º andar do Edifício Dom Pedro I, com início às 19h, a exibição do Webdocumentário ‘NipoBrasileiros’. Produzido pela Pietà Filmes e com a coordenação da embaixatriz Maria Ligaya Fujita e pela professora da UFPR Monica Setuyo Okamoto, o vídeo aborda a inclusão profissional dos nipo-descendentes no Brasil. O trabalho é resultado do Projeto de Extensão “Arquivo de História Oral de Grupos Minoritários Étnicos” e contou com a participação de aluons bolsistas e voluntários da UFPR, sob orientação de Okamoto.

A apresentação contará ainda com a palestra do professor da Universidade de São Paulo (USP) Masato Ninomiya, tradutor oficial da Casa Imperial do Japão e especialista em imigração japonesa e no fenômeno dekassegui e também da atriz Beatriz Koyama Diaféria que atuou em trabalhos como os filmes “Mare Nostrum”, “Noites de primavera” e Vídeo Guerrilha. O responsável pela trilha sonora dos episódios do documentário, Gary Strauss, fará uma apresentação. Depois da apresentação haverá uma roda de conversa com jornalistas, participantes do documentário, equipe de produção e envolvidos com o projeto de extensão.

A websérie documental conta com 9 episódios e é dirigida por Diego da Costa, Alexandre Nakahara e Pedro Tinen. Veja a apresentação das peças segundo a divulgação:

“A série tem como proposta repensar a construção da imagem de “sucesso” profissional dos nipo-brasileiros dentro da nossa sociedade. Repensar porque até hoje muito se tem ressaltado acerca da visibilidade positiva dos imigrantes japoneses e seus descendentes que conseguiram mobilidade social por meio do esforço, da disciplina, mas, principalmente, da educação. Índices altos de aprovação de nipo-brasileiros nos cursos tradicionais de prestígio como Medicina, Engenharia e Direito das principais universidades públicas brasileiras, desde a década de 1950, comprovam essa fama dos nikkeis. Por outro lado, certos segmentos profissionais como dança, literatura, jornalismo, artes cênicas entre outros continuam com pouca presença desse grupo étnicoracial.

Este projeto tem como objetivo, portanto, expor esse outro lado da história dos nikkeis, apresentando os relatos orais de personagens sociais que foram pioneiros em campos profissionais, onde a representatividade dos asiáticos permaneceu negativa por muito tempo, e mesmo atualmente ela é considerada discreta. A ideia é mostrar como esses profissionais encontraram soluções, por vezes, criativas para superarem os estereótipos e as barreiras étnicas, em um país onde,segundo alguns estudiosos, a questão racial ainda predomina sobre a social.

Passaremos por três gerações de nikkeis, ou seja, os que iniciaram suas carreiras nas décadas de 1970, 1990 e na atualidade, dando maior ênfase às gerações mais novas.”

O projeto contou com apoio cultural da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFPR (PROEC) da Área de Japonês da UFPR, Fundação Japão, Busan University of Foreign language e do Centro de Assessoria de Produção Acadêmica (CAPA).