JOSÉ EDGAR DE MATOS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Parte da grama do Allianz Parque foi substituída. No entanto, a solução definitiva para o gramado da arena palmeirense ainda se encontra sob análise. A WTorre e a World Sports promovem estudos para o futuro próximo. Manutenção da grama natural? Substituição pelo piso sintético? Qualquer decisão, no entanto, possui outro interessado com a palavra final.
Em meio às rusgas pelas críticas de Cuca e jogadores ao gramado e ao excesso de shows no Allianz Parque, a WTorre admite estudar alternativas sobre o terreno de jogo tão criticado da arena.
“A resposta é: não há nenhuma solução descartada. Quem tem um desafio como temos aqui, tem que ter todas as alternativas na mesa e nós temos. Grama totalmente natural, mista, sintética, nós temos todas as hipóteses na mesa”, afirmou Alexandre Costa, gerente geral do Allianz Parque, em entrevista ao UOL.
“Estudamos todas [alternativas], conhecemos e estamos abertos a discutir a melhor solução. Nunca será uma solução tomada isolada por nós. Qualquer decisão desta tem que ser tomada em decisão com o Palmeiras, pois o Allianz Parque é o estádio em que o Palmeiras joga”, garantiu.
Ao mesmo tempo em que atribui ao Palmeiras a responsabilidade por uma possível drástica decisão em relação ao gramado, o responsável por chefiar o gerenciamento do Allianz Parque pede uma postura diferente da diretoria do clube alviverde, que expõe publicamente os incômodos para com a construtora.
“O Palmeiras tem que compreender o modelo de negócio que fez possível uma empresa privada construir e assumiu os custos de manutenção de uma arena desta qualidade. Só todos juntos, buscando a melhor solução, para todos, conseguiremos chegar a uma conclusão”, discursou Alexandre, dono de um discurso ponderado em relação às reclamações palmeirenses.
“Não tomaremos uma decisão na gritaria ou no histerismo do momento. Fizemos dez shows no Allianz Parque e mais de 20 jogos neste ano; e tudo ocorreu de forma harmoniosa até agora. Portanto é preciso ter serenidade, profissionalismo, olhar todo o aspecto geral”, finalizou o gerente do Allianz Parque.
Em julho, a WTorre recebeu uma proposta para substituir o piso natural pelo sintético no Allianz Parque. No entanto, durante a primeira consulta ocorrida no mês de julho, antes de toda a crise gerada nas últimas semanas, construtora e Palmeiras se mostraram contrários.
Paulo Nobre, que possui pouco mais de um mês de mandato no clube de Palestra Itália, já se mostrou contrário à substituição da grama natural pela sintética.
“Sou presidente por mais 45 dias, e a minha opinião é que de que é um absurdo falar em gramado sintético no Allianz Parque, uma vez que temos sol em abundância e tecnologia suficiente para ter um gramado em ordem”, opinou.
“Estamos no Brasil, não em países nórdicos nos quais temos muito desse problema”, declarou na última terça-feira, durante o sorteio das chaves do Campeonato Paulista.
O estudo sobre a grama sintética e outras formas de melhorar a qualidade do Allianz Parque seguirá durante o período de férias, após o fim do Campeonato Brasileiro. A partir de então, Mauricio Galiotte, que assume a presidência palmeirense em dezembro, surgirá como a opinião de autoridade neste assunto.