29deAbril
Manifestantes são contidos pelas forças de segurança do governo do Paraná. (Rodrigo Félix Leal)

Nesta segunda-feira, dia 29 de abril, educadores paranaenses vão às ruas denunciar o massacre ocorrido em 2015 e os ataques sofridos nos últimos anos, além de reforçar a luta por uma educação sem violência e de qualidade. 

O dia 29 será marcado por uma mobilização intensa de professores(as) e funcionários(as) de escola, com a adesão à Plataforma Zero, em todos os estabelecimentos da rede estadual, após aprovação dessa pauta na Assembleia Estadual da APP, realizada no dia 13 de abril.

Em Curitiba, o encontro acontece em dois momentos. Às 9h, em frente à Secretaria da Educação (Seed), localizada na Av. Presidente Kennedy, nº 2511 – Guaíra). Às 14h, uma ação da direção estadual da APP, em conjunto com os Núcleos Sindicais da região, acontecerá na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Em paralelo, os demais 25 Núcleos Sindicais da APP realizam atos regionais. A APP enfatiza a necessidade da participação da comunidade na construção de uma escola segura.

Dê uma pausa nas plataformas e exerça a sua liberdade pela educação humanizada. Dia 29 de abril é Plataforma Zero. Nove anos depois da violência protagonizada pelo governo Beto Richa contra educadores(as) e servidores(as), ainda buscamos justiça para que tal violência nunca mais aconteça.

Respostas e repercussões
Aprovadas às portas fechadas, as mudanças na previdência dos servidores desencadearam um protesto legítimo, que foi recebido com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e até ataques aéreos.

Esse episódio não só marcou os afetados mas também manchou a imagem do governo, demonstrando uma falha grave no respeito aos direitos de reunião e expressão, segundo os manifestantes. A autorização para tal nível de força contra civis desarmados revelou uma falta de compromisso com o diálogo e a democracia.

O tratamento dos feridos e a cobertura da mídia local, especialmente as reportagens que detalharam a brutalidade da ação policial, ajudaram a mostrar a severidade dos eventos daquele dia. A repercussão foi vasta, com críticas severas ao governo estadual e apelos por justiça e responsabilização.