A avaliaĂ§Ă£o negativa do governo do presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva (PT) cresceu entre janeiro e fevereiro deste ano, segundo aponta nova pesquisa do instituto AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira, 7. De acordo o levantamento, 50,8% consideram a gestĂ£o ruim ou pĂ©ssima, sendo que antes o Ăndice era de 46,5%, ou seja, um crescimento de 4,3 pontos porcentuais.
Os que acham o trabalho do governo Ă³timo ou bom eram 37,8% e agora sĂ£o 37,6%, uma oscilaĂ§Ă£o de 0,2 ponto porcentual. Outros 11,3% consideram a gestĂ£o regular (em janeiro era 15,6%). Houve ainda 0,4% dos entrevistados que nĂ£o souberam responder.
A AtlasIntel ouviu 5.710 eleitores, por meio de recrutamento digital aleatĂ³rio, entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro Ă© de um ponto porcentual e o Ăndice de confiabilidade Ă© de 95%.
Os segmentos do eleitorado que mais consideram a gestĂ£o ruim ou pĂ©ssima sĂ£o os evangĂ©licos (76,3%), os moradores da regiĂ£o Sul (62,7%) e os moradores do Centro-Oeste (59,3%). JĂ¡ os que mais optaram pela opĂ§Ă£o Ă³timo ou bom sĂ£o os agnĂ³sticos, ou ateus (57,3%), os maiores de 60 anos (53,3%) e os que possuem atĂ© o ensino fundamental (51,8%).
Perguntados sobre o desempenho de Lula, 53% disseram que desaprovam o trabalho do petista (em janeiro era 51,4%) e 45,7% afirmaram que aprovam (em janeiro era 45,9%). Optaram por nĂ£o responder 1,3% dos entrevistados.
A AtlasIntel tambĂ©m perguntou aos entrevistados sobre o desempenho do governo em determinadas Ă¡reas. Os impostos e carga fiscal (58%), a segurança pĂºblica (57%) e a responsabilidade fiscal foram as que receberam mais a opĂ§Ă£o “pĂ©ssima”. As mais escolhidas como “Ă³tima” foram as polĂticas sociais (35%) e a criaĂ§Ă£o de empregos (34%).
Para 49,4% dos entrevistados, o governo de Lula Ă© pior que a gestĂ£o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para outros 48,9%, o cenĂ¡rio Ă© o inverso. Na opiniĂ£o de 1,7%, os governos sĂ£o iguais.
TarcĂsio fica na frente e Bolsonaro empata com Lula em cenĂ¡rios de segundo turno para 2026
A pesquisa da AtlasIntel tambĂ©m simulou trĂªs cenĂ¡rios para a eleiĂ§Ă£o presidencial de 2026. InelegĂvel atĂ© 2030 por abuso de poder polĂtico e uso indevido dos meios de comunicaĂ§Ă£o, Bolsonaro estĂ¡ na frente de Lula em um primeiro turno com o ex-ministro da IntegraĂ§Ă£o Regional Ciro Gomes (PDT) e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Neste cenĂ¡rio, que recria a eleiĂ§Ă£o presidencial de 2022, Bolsonaro tem 45,8% e Lula 42,9%. Ciro aparece com 4,4% e Tebet registrou 2,7% na sondagem.
Em um segundo turno contra Bolsonaro, o capitĂ£o reformado tem 49% das intenções de voto, contra 48% do petista, o que evidencia um resultado polarizado tal como em 2022. Outros 4% nĂ£o sabem ou nĂ£o responderam, ou declararam voto em branco, ou nulo.
JĂ¡ em um cenĂ¡rio onde Bolsonaro Ă© substituĂdo pelo governador de SĂ£o Paulo, TarcĂsio de Freitas (Republicanos), Lula tem 41,6% ante 32,3% do governador paulista. Em seguida, aparecem o cantor sertanejo Gusttavo Lima (sem partido), e o governador de GoiĂ¡s, Ronaldo Caiado (UniĂ£o) com os mesmos 4,6%.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem 4,5%. Tebet aparece com 3,2%, acima do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que tem 2,5%. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), surge com 1,5% e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), registrou 1,2% na sondagem. Outros 4% disseram que votariam em branco ou nulo.
Em um cenĂ¡rio de segundo turno entre Lula e TarcĂsio, o governador de SĂ£o Paulo tem 49%, enquanto Lula aparece com 47%. Outros 4% nĂ£o sabem ou nĂ£o responderam, ou declararam voto em branco, ou nulo.
JĂ¡ em um terceiro cenĂ¡rio, onde Bolsonaro Ă© substituĂdo pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula tem 41,5%, contra 23,8% do filho do ex-presidente. Em seguida aparecem Romeu Zema (10%), Ronaldo Caiado (6,4%), Gusttavo Lima (4,1%), Simone Tebet (3,4%), Pablo Marçal (3,2%), Eduardo Leite (1,9%) e Marina Silva (1,3%).
Em um eventual segundo turno entre Lula e Eduardo, o presidente tem 48% das intenções de voto ante 44% do deputado federal. Outros 9% dos entrevistados nĂ£o souberam responder ou declararam voto branco, ou nulo.