Achando que havia “apenas” tomado uma pedrada, estudante dirige por mais de 300 km após ser baleado na cabeça

Jovem de 21 anos só foi descobrir o que realmente havia acontecido dias depois, após passar mal e buscar ajuda médica

Redação Bem Paraná
baleado

Foto: Arquivo pessoal

Um estudante mineiro de 21 anos começou 2024 recebendo uma notícia tão surpreendente quanto inacreditável. O rapaz, que é de Juiz de Fora (MG), foi curtir o Réveillon em Cabo Frio (RJ). Durante a festa, foi atingido pelo que seria uma pedrada, mas apesar do ferimento conseguiu continuar curtindo a praia e depois ainda dirigiu por mais de 300 quilômetros na volta pra casa.

Só que o que ele achava que era uma pedrada na verdade era outra coisa: o rapaz havia sido baleado na cabeça e o projétil, inclusive, estava pressionando seu cérebro, o que só foi descoberto dias depois. As informações são do portal G1.

O fatídico episódio teria ocorrido justamente na noite de Réveillon. Mateus Facio conta que ouviu um barulho de explosão dentro de sua cabeça e que imaginou que tivesse sido atingido por uma pedrada. “Eu olho para frente e tá todo mundo sem entender nada e eu ‘ai ai ai’. Um médico, que estava com o grupo de turistas, estancou o sangramento, colocou gelo e os jovens seguiram para a noite de Réveillon, em Búzios”, contou ele.

Dois dias depois, o rapaz volta do Rio de Janeiro para Minas Gerais, numa viagem de 300 quilômetros e sete horas de duração que não teve qualquer intercorrência. No dia 3 retornou ao trabalho pela manhã, de tarde foi mais uma vez ao Rio de Janeiro, fazer um bate e volta, e só no dia 4 é que ele notou que algo de estranho havia acontecido.

“À tarde fui tirar um cochilo e acordei com o braço um pouco bobo, a mão com movimento estranho, sentia os dedos mexendo, mas não tinha confiança para pegar uma coisa.”

Foi quando ele resolveu ir num hospital de Juiz de Fora, onde realizou exames que identificaram que havia um projétil calibre 9 milímetros na cabeça do jovem e que estava pressionando seu cérebro.

Depois da descoberta, Mateus teve de ser operado e ficou três dias no hospital (dois dias no Centro de Tratamento Intensivo – CTI – e mais um dia no quarto). Uma experiência que parece ter mudado a vida do jovem, que decidiu trancar o curso de Administração para matricular-se em Medicina, realizando um antigo sonho.