Adolescente não resiste e se torna a 19ª vítima da chacina na Grande SP

Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A adolescente Letícia Vieira, 15, morreu por volta da meia-noite desta quinta-feira (27) em decorrência de uma infecção abdominal, informou a Secretaria de Estado da Saúde.
Silva era uma das seis pessoas que ficaram feridas na série de ataques que matou 18 pessoas, nas cidades de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, no dia 13 de agosto. Ela estava internada no Hospital Regional de Osasco desde o dia do ataque após levar um tiro no abdômen.
Além de Letícia, Guilherme Moreira também estava internado no hospital, mas recebeu alta no último sábado (22), informou a instituição. Ele também havia sido baleado no abdômen e teve fraturas nos membros superiores.
Com a morte da adolescente, chega a 19 o número de vítimas. Duas semanas após a chacina, o governo ainda não apresentou um suspeito formal pelos crimes. Um soldado está preso administrativamente, mas sua defesa diz que ele tem como provar sua inocência. Outros 18 suspeitos seguem em liberdade.
A principal linha de investigação é a vingança de PMs pela morte de um colega dias antes, durante um assalto. A Corregedoria da Polícia Militar investiga 19 pessoas por suspeita de envolvimento na chacina. Entre os suspeitos, 18 são policiais militares.
As ações da Corregedoria da Polícia Militar contra 19 suspeitos ocorreram à revelia dos integrantes da força-tarefa criada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) justamente para investigar os assassinatos. Entre sexta (21) e sábado (22), a PM apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra 18 policiais e um segurança particular suspeitos de envolvimento nos assassinatos em Osasco e Barueri, na noite do último dia 13.
Os pedidos foram atendidos pela Tribunal de Justiça Militar e, assim, a Corregedoria apreendeu objetos que podem ajudar no esclarecimento dos crimes. Tudo isso, porém, sem o conhecimento dos integrantes da força-tarefa, todos eles de diferentes departamentos da Polícia Civil. Essa iniciativa isolada da PM irritou membros desse grupo. Na visão deles, alertou eventuais suspeitos e pode ter atrapalhado a apuração.