SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O advogado José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior, herdeiro do então vice-procurador jurídico e “irmão” da Santa Casa desde 2005, disse não se sentir incomodado com a ação do hospital. “É um direito dela discutir isso judicialmente.”
“Evidentemente que a gente não concorda, porque o escritório trabalhou 16 anos, gerou um ativo de R$ 100 milhões para a Santa Casa. Ela pagou dívidas com esse ativo. O escritório foi remunerado da forma com prevê a lei e como contrato com outros clientes”, disse o advogado.
Para ele, também não vê nenhuma conflito de interesses no fato de o vice-procurador jurídico, na prática, contratar o próprio escritório.
“Quem foi contratada foi uma empresa, não meu pai. O escritório foi contratado à época porque éramos, provavelmente, o escritório no Brasil que mais tinha ação para discutir esse tipo de assunto”, declara.
Além disso, segundo o advogado, quando o contrato foi assinado com o hospital não haviam sido estipulados valores e, ainda disso, não se tratava de trabalho fácil —como alega a atual direção do hospital.
“Não era uma ação de baixa complexidade, até porque nós perdemos em primeira instância.”
Oliveira Júnior afirma também que, ao contrário do que entende a Santa Casa, nunca foi dito que o serviços seriam de graça. O que não seria cobrado, diz ele, eram os honorários antecipados.
O advogado disse que não era possível porque o escritório tem mais 14 sócios e, parte deles, até recebeu recursos desses créditos. Eles foram vendidos a um fundo de investimento, que repassou parte dos valores.