Brasil é a quinta posição no ranking em casamentos infantis no mundo

Redação Bem Paraná com assessoria

Quando uma menina com menos de 18 anos se casa ou se une informalmente a um parceiro (normalmente alguns anos mais velho que ela), as consequências mais frequentes para a sua vida são a gravidez precoce, o abandono escolar, a intensificação do trabalho doméstico e a entrada precária ou tardia no mercado de trabalho.

É uma violação grave de direitos das meninas e perpetua o ciclo de dominação e reprodução de desigualdades de gênero. De acordo com a legislação atual, o casamento civil só é permitido a maiores de 18 anos. Uma brecha na lei ainda permite que adolescentes de 16 e 17 anos se casem se forem emancipadas(os), tiverem autorização da mãe e do pai, de representantes legais ou até mesmo da justiça.

De acordo com dados do Relatório sobre a Situação da População Mundial 2020, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 26% das mulheres brasileiras entre 20 e 24 anos se casaram ou se uniram informalmente antes de completar 18 anos. Ou seja, uma a cada quatro mulheres se casou ainda menina. Em números absolutos, o Brasil ainda ocupa a quinta posição no ranking de casamentos infantis no mundo.