Brasil e ONU tentam salvar paranaense condenado na Indonésia

Redação Bem Paraná com agências online

Condenado à morte em 2005 ao tentar entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte foi notificado neste sábado (25) que poderá ser executado na próxima terça-feira, por fuzilamento. Agora, o governo brasileiro e até mesmo a ONU tentam evitar a execução do brasileiro e outras nove pessoas.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o “Brasil está se coordenando com os demais países para identificar eventuais vias de ação e buscar meios de evitar a execução”. Os “demais países” seriam a Austrália, a Filipinas e a Nigéria, que também tiveram cidadãos informados da execução iminente da pena – a única exceção foi o francês Serge Atlaoui, excluído da lista das próximas execuções.

Em protesto à decisão da Indonésia, o Brasil e a Noruega convocaram  seus embaixadores na Indonésia, enquanto Austrália e França alertaram que as relações com o país poderiam ser afetadas se seus cidadãos fossem executados.

Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou  ao governo indonésio para não executar dez pessoas, reiterando a tradicional oposição à pena capital. Ban Ki-moon apelou ao governo indonésio para não executar, como anunciou, os dez prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes alegadamente ligados à droga, diz um comunicado da ONU.

Segundo a legislação internacional, em casos onde a pena de morte está em vigor, esta apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação, diz a ONU. Acrescenta ainda que as infrações ligadas à droga não estão normalmente incluídas nesta categoria de crimes muito graves.

Gularte foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína dentro de pranchas de surf, tendo sido condenado à morte em 2005.