Brasileiros deportados dos EUA dizem ter sido agredidos durante voo; Brasil fará queixa ao governo Trump

Redação Bem Paraná
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Mauro Vieira (ao centro) conversa com PF FAB sobre tratamento dado a brasileiros (Foto: Reprodução/MRE)

Um grupo de brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos desembarcou neste sábado (25 de janeiro) no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). E relatos apontam que agentes estadunidenses teriam agredido os nacionais durante a viagem, numa situação que deve acabar criando uma questão diplomática. O Brasil, inclusive, já disse que irá se queixar ao governo Trump pelo trato “degradante” aos imigrantes.

Sandra Souza, de 36 anos, definiu o voo de volta ao Brasil como “um inferno, uma tortura”. Segundo ela, o avião estava com algum problema desde que os saiu de Luisiana, nos Estados Unidos. O ar-condicionado da aeronave apresentou problema técnico e isso teria causado atritos entre os agentes e os imigrantes. Deportados, inclusive, mostraram fotos com lesões nas mãos, braços, peito e costas, reforçando a denúncia de agressão física, relata o portal UOL.

Os brasileiros (88 pessoas) chegaram primeiramente em Manaus (AM), onde dormiram de forma improvisada antes de serem levador por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até Minas Gerais, neste sábado. Eles chegaram na capital amazonense algemados e com os pés acorrentados, após o ar-condicionado do avião falhar.

Esses brasileiros são as primeiras pessoas deportadas dos Estados Unidos após a posse do presidente Donald Trump, mas a deportação já estava prevista desde o governo Joe Biden, segundo o Itamaraty.

O chanceler Mauro Vieira, inclusive, esteve em Manaus para entender o que havia ocorrido no voo de deportação. O governo brasileiro agora enviará um pedido de explicações aos norte-americanos sobre o “tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, informou a chancelaria.