SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jovem Gabriel Leite de Souza, 25, que foi atropelado na madrugada do último sábado (29) na rua Augusta, está em estado estável e não corre risco de morte, segundo a assessoria do Hospital das Clínicas, onde ele está internado no Instituto de Ortopedia. Dos cinco jovens atropelados, Souza era quem estava em estado mais grave. Ele foi com amigos a uma balada na rua Augusta para comemorar a conclusão da faculdade de Sistemas de Informação. Segundo a família, que é de Taboão da Serra (Grande SP), o analista recém-formado e outros quatro amigos haviam saído da casa noturna e seguiam para o ponto de ônibus quando foram atingidos pelo carro desgovernado. Gabriel corre o risco de ter o braço direito amputado. Ontem, os médicos tentaram reimplantar o membro. A assessoria do HC, porém, ainda não informou se a cirurgia foi bem-sucedida. O acidente ocorreu no cruzamento das ruas Augusta e Matias Aires, por volta das 5h40 do sábado. Moradores da região acionaram os bombeiros. O promotor de eventos e estudante de engenharia Paulo César Negri, 22, que conduzia o carro, foi preso em flagrante, mas acabou liberado após pagar fiança no valor de R$ 5.000. Segundo a Polícia Civil, quatro testemunhas relataram em depoimento que um carro vermelho fechou o veículo de Negri, um Peugeot, quando ele passava pela rua Augusta. O carro, então, saiu da pista e avançou sobre cinco jovens que terminavam de atravessar a via -parte deles já estava sobre a calçada. A pancada foi tão forte que um poste de sinalização foi derrubado. O vidro e a frente do carro ficaram danificados. Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo passando em alta velocidade pela rua e perdendo o controle. Na filmagem, não é possível ver se o carro foi fechado por outro. Negri ficou no local e prestou socorro às vítimas. Ele também fez o teste do bafômetro, que apontou 0,78 miligrama de álcool por litro de ar expelido, mais do que o dobro permitido para não ser considerado crime (0,3mg/L). Os estudante responderá, em liberdade, por lesão corporal culposa (quando não há intenção) e embriaguez ao volante. Os policiais ainda tentam identificar todas as vítimas e buscam outras imagens de câmeras de segurança.