Distribuição de sacolinhas cai 60% em supermercados de SP após nova regra

Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os supermercados da cidade de São Paulo tiveram uma queda média de 60% na distribuição das sacolinhas após a nova regra que proibiu as sacolas brancas. A estimativa é da APAS (Associação Paulista de Supermercados) e foi divulgada nesta quarta (6).
A nova regra, que completa um mês nesta quarta, estabeleceu a substituição das sacolas antigas por um modelo maior e mais resistente, de material renovável, em duas cores diferentes: verde para os resíduos secos e cinza para os orgânicos.
A lei, no entanto, não fala sobre a possível cobrança das novas sacolinhas, o que tem gerado protestos de clientes. A maioria dos supermercados passou a cobrar de R$ 0,08 a R$ 0,10 pela unidade, afirmando que as novas sacolinhas são mais caras do que as anteriores.
Com isso, a APAS fez um acordo com o Procon para que os supermercados de todo o Estado forneçam aos clientes até duas sacolinhas renováveis gratuitamente ou desconto para quem trouxer sacolas de casa. A medida começará a valer na próxima segunda (11) e durará dois meses no caso das duas sacolas gratuitas e seis meses no caso do desconto.
De acordo com o superintendente da Apas, Carlos Correa, o prazo visa mudar o hábito do consumidor de usar as sacolas plásticas. Após esse período, os supermercados venderão as sacolas de acordo com o custo listado, que corresponde ao preço de custo, acrescido de possíveis impostos.
Na semana passada, no entanto, a prefeitura entrou com um pedido na Justiça para impedir a cobrança das sacolas ambientais. Segundo a administração, como antes os supermercados arcavam com o custo, o custo das medidas tomadas para assegurar a preservação do ambiente pode ser suportado pelos estabelecimentos.