SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário Municipal de Inovação e Tecnologia, Daniel Annenberg, afirma que a gestão Doria começou o mandato, em janeiro, com um estoque acumulado no 156 de 589.026 solicitações sem resposta, herdadas da gestão de Fernando Haddad (PT).
Além disso, segundo Annenberg, de abril em diante o órgão vem conseguindo responder a mais reclamações do que o serviço recebe, o que reduz o estoque. Desde aquele mês, foram recebidas 226.212 solicitações e concluídas 274.874, de acordo com números enviados pela gestão à reportagem.
O secretário culpa ainda um rombo de R$ 7,5 bilhões que, segundo ele, a prefeitura herdou da gestão anterior.
Annenberg, vereador licenciado pelo PSDB e idealizador do Poupatempo, do governo paulista, afirma que o serviço recebe 25 mil ligações por dia. “A gente trabalha, por um lado, com um déficit, uma demanda que existia e não estava zerada, com uma grande demanda de área, e com um buraco orçamentário.”
“Estamos conseguindo diminuir o estoque, mas isso não é da noite para o dia. Mensalmente, reduzimos 10 mil, 20 mil. Mas leva tempo”, diz. A expectativa, afirma o secretário, é de zerar a demanda até o começo de 2018.
Como esforços para reduzir o contingente, o titular da pasta diz que a secretaria está enviando mapas às prefeituras regionais com destaques para as áreas com mais problemas, de modo que as equipes ganhem tempo e não tenham que se deslocar mais de uma vez a locais próximos.
Segundo o titular da pasta, não havia sistematização para atender a áreas próximas numa mesma saída.
O número de equipes de tapa-buraco aumentou de 32 para 75 nesta gestão, diz ele.
Sobre a poda de árvores, Annenberg diz que a prefeitura mandou projeto de lei para a Câmara Municipal para alterar a legislação, que exige que o laudo para a poda seja feito por um engenheiro da prefeitura. A gestão quer que sejam considerados válidos laudos feitos por engenheiros que não sejam do quadro da administração municipal, o que desafogaria a demanda e aceleraria a resposta ao serviço.
“Se você não mudar a legislação, por mais inteligência que use, maior a tecnologia, você não consegue agilizar o processo”, diz ele.
“São uma série de medidas. Você tem que usar a tecnologia, a inteligência, rever processos, mudar a legislação, para permitir, com tudo isso, que a gente consiga reduzir esses prazos. É um trabalho titânico, não é simples.”
A assessoria do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) diz que nove meses “é um tempo considerável” para a atual gestão assumir a responsabilidade pelos atrasos e que respondia a todas as reclamações dentro do prazo legal quando entregou a prefeitura, em janeiro.
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