Governo federal rejeita ajuda humanitária da Argentina para vítimas das chuvas na Bahia

Redação Bem Paraná, com agências

O governo federal dispensou nesta quarta-feira (29) uma oferta de ajuda humanitária da Argentina no socorro às vítimas das chuvas na Bahia. Os argentinos ofereceram envio de profissionais especializados nas áreas de saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.

Segundo disse o governo da Bahia, em nota nesta quarta-feira, a decisão da União foi comunicada ao consulado argentino. O governador Rui Costa (PT) chegou a agradecer o auxílio dos argentinos, em publicação nas redes sociais, e pediu celeridade ao governo federal para a ajuda.

Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a andar de jet ski em uma praia de Santa Catarina, onde está desde segunda-feira (27), para passar o Réveillon. Bolsonaro tem sido criticado nas redes sociais por manter as férias enquanto cidades da Bahia enfrentam as enchentes. Ele disse que espera não precisar voltar para Brasília antes de 3 de janeiro, data prevista para seu retorno oficial ao trabalho.

Balanço

A Defesa Civil da Bahia atualizou nesta quarta-feira (29) os números sobre o impacto das fortes chuvas nos municípios do estado. Até o momento, 37,3 mil pessoas estão desabrigadas (não possuem moradia) e 53,9 mil estão desalojadas (não conseguem acessar suas casas). Foram registradas 24 mortes e 434 feridos.

Segundo o governo estadual, 141 municípios foram afetados pelas chuvas. Do total, 132 estão em situação de emergência. 629 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas inundações.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de dezembro de 2021 é considerado o mais chuvoso em 15 anos. Na Bahia, as fortes chuvas foram provocadas pelo fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que provoca a permanência de nuvens sobre uma determinada área por até quatro dias consecutivos.