SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um incêndio atingiu o Incor (Instituto do Coração) de São Paulo, ligado ao Hospital das Clínicas, na manhã desta sexta-feira (18), levando à retirada de funcionários e pacientes de dois andares da unidade, localizada na região da avenida Paulista.
O fogo foi controlado após dez minutos e não deixou vítimas, segundo o Incor. O Corpo de Bombeiros diz que o incêndio começou em um motor de ar-condicionado. O prédio atingido, na área externa do hospital, funciona como uma torre de refrigeração.
Os bombeiros dizem que foram avisados por volta das 10h47 e que 18 viaturas foram mobilizadas. Por volta das 11h30, a ocorrência foi finalizada.
Devido à fumaça, todos os funcionários e pacientes foram retirados do 1º e 2º andares. Do 3º ao 9º a evacuação foi parcial.
Segundo o major Magalhães, que comandou a operação no local, apenas a perícia poderá informar as causas do fogo, que se deu no aparelho de ar condicionado que fica na parte externa do prédio chamado chiller. O atendimento no hospital já foi retomado, disse ele.
O primeiro e segundo andar do prédio, onde o cheio de fumaça era mais forte, foram evacuados. Do terceiro ao nono, apenas parcialmente, segundo Diego Leite, da brigada de incêndio do Incor.
O trânsito que havia sido interrompido na rua do complexo de prédios do Hospital das Clínicas já foi liberado.
O INCOR
O Incor, um dos braços de atendimentos e pesquisa do Hospital das Clínicas da faculdade de medicina da USP, completou 40 anos em 2017.
O hospital é especializado em atendimentos nas áreas de cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica.
O instituto está ligado a mais de 9.000 publicações científicas em revistas internacionais e nacionais, auxiliou em mais de 125 mil cirurgias, 1.200 transplantes e 1,1 milhão atendimentos de emergência. Além disso, capacitou mais de 25 mil alunos, considerando graduação e pós-graduação.
Por ano, o Incor faz cerca de 5.000 cirurgias, realiza 260 mil consultas médicas e responde por 13 mil internações.
Há alguns anos, o instituto foi reformado. A ideia era priorizar ainda mais atendimentos de alta complexidade, e não buscar atendimentos em grande quantidade.
Em 2017, a mantenedora do Incor, a Fundação Zerbini, quitou uma dívida de R$ 464 milhões. À época, houve alteração na administração do hospital, com revisão de contratos, sindicâncias e renegociações de preços de produtos.
Doações de empresários também têm ajudado a instituição, possibilitando, por exemplo, reformas na área de pediatria.
A receita do Incor é de cerca de R$ 540 milhões (em 2016), com metade da verba proveniente dos cofres estaduais e o restante da Fundação Zerbini.