O Instituto Brasil-Israel (IBI) lamentou e condenou as infundadas comparações que os golpistas detidos após vandalizar a sede dos Três Poderes em Brasília fizeram entre a forma que foram presos com os campos de concentração do Holocausto.

A entidade ressalta que “as comparações feitas entre a detenção de envolvidos em atos de violência em Brasília e campos de concentração são irresponsáveis e ignoram a gravidade do que foi, efetivamente, o Holocausto, quando prisioneiros eram submetidos a trabalho escravo, privados de comida e passavam frio. Caso não morressem neste processo de tortura, eram levados às câmaras de gás.

O nazismo, ao contrário das democracias liberais, estabelecia que “crime” era estar fora do padrão designado pelo ditador – no caso da Alemanha, não ser ariano. Minorias eram excluídas simplesmente por ser quem eram. Quando judeus e outros grupos foram levados para campos de concentração, não havia qualquer envolvimento com movimentações antidemocráticas. Ao contrário. Foi justamente a supressão da democracia – desejada pelos golpistas detidos em Brasília – que fez nascer os campos de concentração na Alemanha Nazista”.

A Conib, Confederação Israelita do Brasil, também repudiou comparações completamente indevidas do momento atual com os trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto. Essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes.

A Conib inclusive criou uma campanha contra a banalização do Holocausto, para que possamos entender melhor as verdadeiras dimensões dos fatos e assim contribuir para um melhor entendimento do presente.