
Durante uma partida de tênis no torneio US Open na noite da última segunda-feira, 4 de setembro, entre o alemão Alexander Zverev e o italiano Jannik Sinner, o jogo foi paralisado após um espectador fazer uma alusão a Adolf Hitler.
O pedido para que a partida fosse interrompida foi de Zverev, que denunciou ao árbitro que o homem havia dito “a frase mais famosa de Hitler”: “Alemanha acima de tudo”. Segundo o tenista, a situação era inaceitável.
“Apesar de a extrema-direita não estar no poder nos Estados Unidos, a normalização do preconceito, do antissemitismo, do racismo, é um problema disseminado. No país, há ainda uma insistência da falácia da ampla ‘liberdade de expressão’, argumento que, muitas vezes, é usado para permitir a ‘liberdade de opressão’”, afirma Anita Efraim, mestre em Comunicação Política e coordenadora de Comunicação do Instituto Brasil-Israel.
Após a denúncia de Zverev, o homem foi retirado das arquibancadas do US Open por seguranças.
“A atitude do tenista foi perfeita, não se pode tolerar uma alusão a Hitler. É essencial que haja um posicionamento em uma situação como essa, mostrando que não há espaço para exaltar o nazismo”, diz Anita.
No Brasil, frase similar foi usada como lema de campanha de um ex-candidato à presidência.