
A Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou um grupo de defensores do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19 a pagar indenizações no valor R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde. A decisão foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira, 25 de maio.
Conforme a denúncia feita pelo MPF, os acusados divulgaram um material publicitário que estimulava o consumo do chamado “kit Covid”, formado por medicamentos apontados como ineficaz por estudos científicos.
A publicidade intitulada “Manifesto Pela Vida” foi assinada por um grupo chamado “Médicos do Tratamento Precoce Brasil”.
No comunicado, os representantes defendiam o uso de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina. Além disso, a recomendação dos medicamentos no informe publicitário não indicava os possíveis efeitos adversos, além de estimular a automedicação, conforme denúncia do MPF.
A Justiça Federal condenou em duas ações a Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco) e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves (GJA Participações).