Em 2022, o Brasil bateu recordes de voos cancelados em vários meses do ano. Com isso, muitos viajantes tiveram seus compromissos e planos prejudicados, além de muito transtorno nos aeroportos. Quando isso acontece, há uma série de medidas a serem tomadas, tanto pela companhia aérea, quanto pelos passageiros.
Os dois lados têm direitos e protocolos a serem seguidos para que todo o processo ocorra sem mais frustrações. De um lado, a companhia aérea deve oferecer suporte, possibilidades de traslado, novos voos, reembolso da passagem aérea e, até mesmo, alimentação e hospedagem, em alguns casos.
De outro, cabe ao passageiro manter contato direto com os funcionários da empresa, expôr suas necessidades e documentar cada atitude tomada pela cia aérea, para que, se necessário, haja provas em um possível processo e pedido de indenização.
Casos de voos cancelados no Brasil em 2022
Em janeiro, o volume de voos cancelados foi 8 vezes maior, em comparação ao mesmo período de 2021. De acordo com uma pesquisa realizada pela AirHelp, 226,4 mil passageiros foram afetados pelos cancelamentos. Isso ocorreu devido à alta de casos de COVID registrada no início do ano, impactando as viagens.
Ainda de acordo com a empresa, até a primeira quinzena de agosto, cerca de 5,2 milhões de pessoas teriam sido afetadas por cancelamentos e atrasos apenas em 2022. Dentre elas, 640 mil teriam direito a indenização.
Esse número já é ainda maior, uma vez que aconteceu uma onda de cancelamentos no final de novembro, gerada pelas manifestações após o resultado do segundo turno das eleições. Os bloqueios nas rodovias impactaram o tráfego aéreo e impediram que as equipes de bordo chegassem aos aeroportos para atender os voos, afetando até os embarques internacionais.
Nesse cenário, os viajantes que conseguiram chegar aos aeroportos podem recorrer e reivindicar seus direitos às companhias aéreas, ainda que a causa seja externa e independe da empresa.